Entre shows com altos e baixos, North Sea Jazz Festival, em Curaçao, continua agradando a público variado
PAULO CAVALCANTI Publicado em 23/10/2015, às 11h21 - Atualizado às 11h45
Aa sexta edição, o North Sea Jazz Festival, que ocorre anualmente na ilha de Curaçao, na região do Caribe, não deixou de lado a tradicional mistura de ritmos. Como nas edições anteriores, o evento seguiu valorizando não só o jazz que leva no nome mas também a soul music, o pop e a música latina. Os três palcos localizados no World Trade Center – Piscadera Bay, na capital, Willemstad, registraram algumas performances intensas.
No primeiro dia de evento, em 3 de setembro, o palco principal, batizado Sam Cooke, recebeu o som latino de Juanes e de Oscar D’León. Os dois realizaram concertos gratuitos que serviram como um esquenta para a porção paga do festival, iniciada na data seguinte.
A segunda noite começou no palco Sir Duke, localizado à beira do mar do Caribe. Charles Bradley se materializou para apresentar a soul music crua e gritada que faz, valorizando faixas do álbum Victim of Love (2013). Paralelamente à apresentação dele, Cassandra Wilson chegou com um jazz sofi sticado ao palco Celia, localizado em um teatro.
O North Sea Jazz atrai uma enorme quantidade de pessoas vindas de países latinos, como Colômbia e Venezuela, e esse foi o principal público que se amontoou no palco Sam Cooke para presenciar o hitmaker Enrique Iglesias. O jazzman Gregory Porter, cujo timbre à la Ray Charles e as canções sobre escravidão e injustiça emocionaram os presentes, entrou na sequência. Mas a principal atração era Lionel Richie. Showman inigualável, Richie não deixou ninguém respirar com uma penca de sucessos, incluindo canções da época em que ele fazia parte do The Commodores (“Easy”, “Three Times a Lady”) e inúmeras faixas inesquecíveis da carreira solo (“Stuck on You”, “Hello”, “All Night Long”). O line-up foi encerrado mais tarde, no palco Sir Duke, com o The Isley Brothers. Entrando atrasado, Ronald Isley, o único da formação original, não se mostrou em boa forma. As interpretações dele para canções como “Summer Breeze”, “Who’s That Lady” e “Shout” passaram longe dos tempos áureos do grupo.
No sábado, 5, as atividades nos palcos Sir Duke e Celia começaram praticamente juntas. Quem queria ouvir jazz tradicional fi cou com o baixista Stanley Clarke e sua afi ada banda, tocando próximos à praia; enquanto isso, Bettye LaVette, uma veterana que foi redescoberta recentemente, mostrou no teatro uma soul music cheia de emoção.
O cantor e pianista John Legend reinou sozinho no palco principal – nenhum outro show ocorria enquanto ele apresentava sucessos e covers como “What’s Going On”, de Marvin Gaye. Em seguida, foi a vez do cantor, compositor e pianista Randy Newman, no palco Celia. O lendário músico norte-americano cantou acompanhado apenas pelo som do piano e desfi lou canções conhecidas, entre elas “Short People” e “You’ve Got a Friend in Me”, tema da franquia de animação Toy Story. Mas grande parte do público que tinha visto John Legend não arredou o pé do palco Sam Cooke, esperando pelo superastro do R&B contemporâneo Usher. Amparado por batidas de música eletrônica, ele apareceu por volta das 23h15 e fez a plateia se mexer com diversos hits, a exemplo da dançante “You Make Me Wanna”. Na praia, o ex-The Fugees Wyclef Jean não conseguiu prender a atenção, fazendo uma apresentação irregular. Mas, felizmente, depois dele apareceu o trio Pointer Sisters, que encerrou o evento com um clima animado relembrando hits da era da disco music, com destaque para as vibrantes “I’m So Excited” e “He’s So Shy”.
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