A diretora com Oprah no set de Selma. - Divulgação

Estrada para Selma

Como a cinéfila Ava DuVernay deixou o trabalho na imprensa e fez o filme mais importante do Oscar 2015

Gavin Edwards | Tradução: ligia Fonseca Publicado em 19/03/2015, às 15h49 - Atualizado em 24/03/2015, às 11h30

“A não violência é uma arma muito corajosa, muito avançada”, diz Ava DuVernay. A diretora de Selma: Uma Luta pela Igualdade – que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme e levou a estatueta na categoria Melhor Canção Original, por “Glory” – está sentada em um restaurante em Los Angeles, falando sobre Martin Luther King Jr., personagem central do longa. “Hoje, você conversa com as pessoas sobre King e elas só conhecem ‘Eu Tenho um Sonho’ e sabem que ele acreditava na paz e que morreu. Sério? É a isso que ele foi reduzido?”

Ava, de 42 anos, sempre foi apaixonada por filmes. Na universidade UCLA, onde se formou em estudos afro-americanos e inglês, descobriu o mundo do cinema independente; depois da faculdade, virou uma assessora de imprensa de sucesso em grandes produções. Trabalhando no set de <>Colateral, teve uma epifania sobre como queria passar o resto da vida. “Javier Bardem estava no set e havia algo na cena com Javier e Jamie [Foxx], este moreno e este negro: era um lugar sujo de Los Angeles, à noite, com uma câmera digital, e simplesmente amei aquilo. Comecei a escrever um roteiro naquele fim de semana.” Esse roteiro, sobre uma jovem com um marido na cadeia, virou Middle of Nowhere, que ganhou o prêmio de Direção (Drama) no Festival Sundance, em 2012.

“Ava é uma das grandes líderes que conheço”, diz o rapper e ator Common, que faz o líder do movimento pelos dos direitos civis James Bevel em Selma e interpreta “Glory” ao lado de John Legend. “Ela fez com que nos sentíssemos parte de algo especial.”

Após o sucesso, Ava quer desenvolver um programa de TV e elabora um documentário sobre o “complexo industrial-penal” norte- americano. Sente que está compensando pelo início tardio. “Queria fazer isso há muito tempo. Agora, tenho as chaves do carro e não vou estacionar tão cedo.”

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