Capital Inicial, Emicida, Sepultura e muitos outros garantem dia de shows memoráveis no primeiro Rolling Stone Festival
Redação Publicado em 16/12/2016, às 21h35 - Atualizado em 20/12/2016, às 00h23
Em 2016, a Rolling Stone Brasil completou 10 anos de existência. Para cravar a data na memória afetiva do público, nada mais adequado do que dar início a um grande festival com alguns dos nomes mais importantes do pop-rock nacional, além de promissoras vozes da nova geração. A ideia era que a revista saísse do papel e ganhasse vida em grandes caixas de som – e isso foi feito com a ajuda de 16 artistas mostrando seu trabalho em um mesmo dia, em dois palcos.
O Rolling Stone Festival aconteceu no sábado, 3 de dezembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e recebeu cerca de 10 mil pessoas. Começou pouco depois das 13h, com Plutão Já Foi Planeta, e terminou à 1h da manhã de domingo com Capital Inicial. Ainda subiram aos palcos Devassa Sente o Clima e Devassa Puro Malte gente do calibre de Supla, Camisa de Vênus e Frejat. Entrelaçando o poético e o politizado, as bandas que tocaram no evento cativaram o público, que resistiu sem desanimar às intempéries do imprevisível clima paulistano – fosse o sol sem trégua do início da tarde, fosse a chuva que caiu antes da noite.
A primeira edição do evento foi marcada por muita irreverência e insurreição. Durante seu show, o rapper Emicida deu uma grande aula de representatividade e empoderamento negro. A intensa performance do paulistano foi coroada com a inusitada aparição de um arco-íris, que coloriu o céu alaranjado pós-chuva. “Acho bom a gente lembrar que rock and roll também é música de preto”, anunciou ele antes de se despedir do público.
Já Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, fez questão de colocar o dedo na ferida da política brasileira. Com severas críticas a Sérgio Cabral, o músico ainda puxou um “Ei, Renan [Calheiros] vai tomar no cu!” da plateia.
O evento também contou com os shows dos grupos Playmobille, Bellamore, Far from Alaska e Ego Kill Talent (estes dois juntos), que mostraram a importância de se valorizar a veia independente do rock nacional e os nomes que estão começando. “Apoiem as bandas da sua cidade”, disse Gustavo Arruda, do quinteto potiguar Plutão Já Foi Planeta. “Isso faz com que a cena cresça.”
Na ocasião, também não faltaram homenagens às vítimas do trágico acidente de avião na Colômbia que matou mais de 70 pessoas na madrugada de 29 de novembro, entre jogadores e representantes da delegação do Chapecoense, jornalistas e tripulantes. Da vistosa homenagem do Republica à comovente dedicatória de “Vida Passageira”, do Ira!, todos entoaram um respeitoso coro de apoio ao time de futebol catarinense.
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