- MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO

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Leia mais da entrevista com o músico, publicada na edição 55 da Rolling Stone Brasil

Por Gustavo Silva Publicado em 13/04/2011, às 16h54

Atualmente, Max Cavalera só lida com aquilo que consegue controlar: a banda Cavalera Conspiracy, com o irmão Iggor, que acabou de lançar o álbum Blunt Force Trauma; um novo projeto ("meio Ministry, meio Nailbomb", como ele mesmo define); e o crescimento dos filhos, Zyon e Igor, que seguem o caminho do pai. Abaixo, você confere perguntas e respostas que não estão na edição impressa da edição 55 da Rolling Stone Brasil.

O Cavalera Conspiracy acabou de trabalhar no segundo disco. Já há planos para um próximo?

Lógico, tem que estar sempre pensando pra frente. Começo a fazer anotações, até alguns riffs já escrevi. Mês passado fiquei em casa, não tava fazendo turnê, então acabei pegando a guitarra e escrevendo material, e teve coisa que ficou legal. Acho que vai ser pro terceiro disco. Não vai sair um terceiro disco até o próximo ano, mas fica na memória, né? Vai gravando as coisas. Isso que é legal no Cavalera. Por exemplo, no Blunt Force Trauma eu trabalhei mais ou menos um ano em cima, do começo ao fim, pegando os riffs, fazendo as letras, tendo ideias de títulos de música...

O que mudou do processo do primeiro disco pra esse?

Não mudou muito, não. O jeito que eu escrevo é parecido com o Soulfy. Eu faço a maioria das coisas aqui sozinho - eu, minha guitarra e uma bateria eletrônica. Num espaço de um ano eu escrevo riffs, que viram músicas. Às vezes eu tenho uma música inteira escrita; às vezes é só um pedaço; às vezes é só uma parte pesada que eu quero colocar no final de uma música. Eu escrevo tudo isso no período de um ano. Então, pego esse CD e mando pro Iggor, no Brasil. Ele pega, ouve, e começa a pensar em ideias de bateria. Quando a gente se encontra em Los Angeles, que é onde a gente fez o disco, a gente volta pra esse CD e vai pegando cada dia uma música diferente, vai trabalhando em cima. Esse que é esquema de trabalho do Cavalera. É assim que a gente escreve as músicas. Não ensaiamos muito antes do disco, é mais feito no estúdio, com esse CD de referência. É a maneira que tenho de trabalhar, que combina com o Iggor. Ele acha legal e a gente está acostumado, juntamente com o [engenheiro de som] Logan. Em time que está ganhando não se mexe, então a gente deixou as coisas parecidas como a gente fez no primeiro disco.

Leia um trecho da entrevista com Max Cavalera publicada na edição 55 da Rolling Stone Brasil.

O que podemos esperar da sua nova banda com Greg Puciato, vocalista do Dillinger Escape Plan?

Não tem nome ainda. Agora a gente está pegando os músicos, o Dave Elitch, do Mars Volta, vai tocar bateria. Ele é amigo do Greg, e é um baterista fodido, muito bom. O baixista do Converge [também está na banda] e agora a gente procura um guitarrista pra gravar. Devemos gravar o CD em julho ou agosto, e deve sair no começo do próximo ano. Estamos meio no começo ainda. A primeira fase foi só eu e o Greg - ele toca guitarra também - e escrever as músicas. A gente escreveu 15 músicas; ele veio pra Phoenix, passou uma semana aqui em casa, ficamos escrevendo música todo o dia na casa da montanha que eu tenho no deserto. Não tem nenhuma distração, então a gente ficou lá pirando na música, fazendo música o dia inteiro. Ele achou demais essa história, porque não faz muita coisa assim com o DEP. É mais na praia do Nailbomb - vai ter umas coisas meio eletrônicas, de bateria eletrônica, sampler, um som meio industrial. Vai ser meio Ministry, meio Godflesh, meio Nailbomb, meio Fear Factory. Pesado, mas talvez mais lento, não tão thrash quanto o Cavalera e o Soufly.

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