Filho de Fábio Jr., o vocalista da banda Hori já planeja sua carreira solo para 2011
Por Cirilo Dias Publicado em 13/01/2011, às 15h06
Aos 20 anos, ostentando o posto de símbolo sexual e com uma carreira artística e musical em expansão, Fiuk ainda custa a acreditar que teve a oportunidade de dividir o palco com o seu maior ídolo, o galã, ator, cantor e pai, Fábio Jr., para o especial de fim de ano da Rede Globo, Tal Filho, Tal Pai. "É um negócio muito louco, está sendo emocionante durante as 24 horas do meu dia. Viver algo tão especial, dividir o palco com o meu pai, ele diz. Além desse encontro, o cantor já prepara para tirar férias de sua banda, Hori, e se lançar em carreira solo no começo do ano que vem.
Como foi gravar um especial de fim de ano ao lado do seu pai?
Foi animal. Eu estava meio malzão, passando por uma fase turbulenta na minha vida e, de repente, eu estou lá, dividindo o palco com o meu pai, cantando e atuando ao lado dele. Me fez esquecer de tudo. Até agora não caiu a ficha para nós dois. Viver isso é um negócio muito louco e está sendo emocionante durante as 24 horas do meu dia. É uma oportunidade que eu agarrei com unhas e dentes, assim como todas que apareceram em minha vida.
E vai ter somente um especial ou já existem planos para virar uma série?
Estou torcendo e rezando de verdade para virar uma série. Tomara que o pessoal da Globo goste e resolva investir na ideia. Sério, eu iria morrer de emoção.
Pode dizer como é?
Ah, quem for esperando algo previsível vai se decepcionar. A história é totalmente oposta ao que acontece na minha vida real. Só a relação entre pai e filho que é real.
Falando em relação entre pai e filho, você agora ocupa o posto de galã, algo em que seu pai é bastante escolado. Você pede conselhos para ele?
Cara, é muito engraçado isso, porque tanto eu quanto ele pedimos conselhos um para o outro. Já aconteceu umas quatro ou cinco vezes de eu chegar para o meu pai e falar: "Olha que vai dar merda se fizer isso, hein?" E ele me falar: "Caramba, moleque, olha eu aqui de novo perguntando para você o que eu tenho que fazer". Eu vivo uma realidade que ele não conhece, né? Mas toda vez que eu preciso de ajuda, corro direto para ele.
Por que as garotas gostam tanto de você? Acha que elas realmente se importam se você canta bem ou não?
Sinceramente, eu não sei. Mas eu fico feliz de verdade por ser tão querido, de encontrar uma garota na rua que fique sem reação ao pedir um autógrafo meu, uma criança que vem me dar um abraço. São essas pessoas que alimentam o meu sonho, né? Que vão assistir o especial de fim de ano, ouvir meu disco. Quando estou mal, zoado, são elas que me fazem bem. Não quero me acostumar nunca com isso.
Você se preocupa em ser um modelo de vida para o público jovem?
Cara, eu sou um moleque de 20 anos, faço as minhas cagadas e estou muito longe de ser um modelo de perfeição para alguém. Eu falo em todo show que sou tão ser humano quanto meus fãs. Independentemente do número de pessoas que te conheça, tudo que você faz acaba influenciando de alguma forma. Mas eu sempre gosto de tomar cuidado, dar conselhos para a molecada. Acho legal.
E quais os projetos futuros para o Hori? Pretende investir nele e viver de música ou vai fazer igual a seu pai e conciliar a carreira musical com a de ator?
Eu pretendo investir em tudo relacionado à arte, me envolver com coisas que tenham energia, intensidade. E a música é uma delas. Sem música eu não seria nada, o mundo não seria nada. A banda tem pouco mais de três anos e eu aprendi muita coisa ali que talvez demorasse uma vida inteira. Agora eu tenho a liberdade de fazer uma pausa e investir na minha carreira solo. Pretendo lançar o disco em março ou abril do ano que vem. Não vou deixar a banda, apenas vou circular por outro lado. É mais uma necessidade pessoal.
E como será seu disco solo?
Nada pretensioso ou rotulado. Eu quero ter 100% de prazer no que eu fizer. Fechar os olhos e falar o que eu sentir, sem me preocupar. Hoje eu me sinto mais seguro para fazer isso.
Vai rolar participação do Fábio Jr.?
Com certeza. Eu acabei de gravar "20 e Poucos Anos" com ele. Dividir o microfone com meu pai foi tenso pra caralho, mas ficou animal. A música vai estar no próximo disco dele e provavelmente no meu também.
Você acha que um dia seu público vai ser mais adulto do que adolescente?
Não sei. É uma questão de aceitação. Se eu fizer um som nada a ver, naturalmente a molecada vai desencanar e procurar outra coisa com que se identifiquem mais. Mas eu torço para que esse público cresça junto comigo, vendo as mesmas coisas, vivendo os mesmos momentos.
Onde você se enxerga daqui a 20 anos?
Porra, velho, morando nos Estados Unidos, fazendo um som foda, compondo bastante. Acho que é por aí. Sou um garoto bastante sonhador.
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