Lia Paris usa melancolia e misticismo como combustível no segundo trabalho da carreira
Gabriel Nunes Publicado em 18/12/2016, às 11h35 - Atualizado em 19/12/2016, às 14h36
A Lua de Sangue é um fenômeno peculiar em que o satélite natural da Terra ganha uma coloração avermelhada. Frequentemente visto pelo prisma das profecias apocalípticas, o evento ocorre, na verdade, a partir de determinadas condições da atmosfera terrestre durante um eclipse lunar total. No entanto, Lia Paris prefere interpretar o acontecimento à sua maneira em Lva Vermelha. “Ela é efêmera, porque é um rito de passagem, assim como o EP”, diz a cantora e compositora.
Com quatro faixas, cada uma representando um elemento da natureza, o trabalho surge como um ponto de convergência das diferentes habilidades artísticas da paulistana (Lia é também artista circense, modelo e estilista). “É uma forma de expressar a música por meio de diversas linguagens.
Quis abraçar as Lias passadas.” Apesar de manter o tom confessional e as letras autobiográficas, o trabalho surge como um contraponto ao debute, lançado em 2015: Lva Vermelha reflete o amadurecimento musical de uma artista que se debruça sobre as questões mais íntimas do ser a fim de entender o mundo à sua volta.
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