O livro Sertão Sem Fim, do fotógrafo Araquém Alcântara, penetra nas entranhas de um Brasil que permanece inalterado
Redação Publicado em 18/03/2010, às 07h52
Por mais de 40 anos o fotógrafo Araquém Alcântara vem se dedicando a radiografar um Brasil desconhecido, vasto, intocado. Em Sertão sem Fim (Terra Brasil), Araquém foi em busca de um território que está desaparecendo, ou, como ele mesmo diz, "está se desertificando". Em 2008, ele estabeleceu como seria a logística; no ano seguinte, partiu para sua longa jornada. "Eu busquei por dois anos vestígios de um mundo perdido no tempo. Era um sertão que estava apenas no nosso imaginário. Do tamanho do mundo, um sertão mítico. Eu quis fazer um poema visual duro, escaldante como o sol", fala. Araquém começou sua peregrinação no norte de Minas Gerais e partiu para o interior do Nordeste, passando por os confins de Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Piauí. As imagens colhidas por Araquém são donas de uma beleza áspera: um mundo de poeira, espinhos, pedras, um ar seco sufocante. Uma verdadeira tradução visual de um universo descrito por Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto e outros escritores notáveis.
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