Os diretores Sorriso e Moraes enquadram ovelho Premê - DIVULGAÇÃO

Graça Duradoura

O grupo Premê celebra 40 anos de existência com o documentário Quase Lindo

PAULO CAVALCANTI Publicado em 07/12/2015, às 16h58 - Atualizado às 17h10

Aqueles que viveram os anos 1980 devem se lembrar da chamada Vanguarda Paulistana, movimento aglutinador de artistas independentes que faziam música inovadora, geralmente utilizando alta dose de humor. O Premeditando o Breque, que ficou mais conhecido como Premê, foi um dos nomes principais do movimento. A banda formada por alunos da USP celebra 40 anos de existência em 2016 e antecipa a festa com o DVD Quase Lindo, dirigido por Alexandre Sorriso e Danilo Moraes.

O documentário repassa as quatro décadas em que Claus Petersen, Marcelo Galbetti, Mário Manga e Wandi Doratiotto, músicos que até hoje formam o núcleo principal do Premê, fizeram um som com a cara de São Paulo e estilisticamente diverso, englobando chorinho, rock,samba e música concreta. Doratiotto, cantor e violinista, olha para o passado e crava que tudo valeu a pena. “Nós do Premê nunca forçamos qualquer tipo de situação para estar dentro do sistema.

Por isso foi tudo tão natural”, reflete. Petersen, vocalista e flautista, concorda que a falta de compromisso comercial foi um dos trunfos do Premê. “No começo, não tínhamos um objetivo definido”, confessa. “O incrível é que estávamos liberados para fazer o que queríamos.”

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