Grupo paulistano Holger lota a agenda com seus animados shows e já prepara disco de estreia
Por Cirilo Dias Publicado em 11/01/2010, às 10h07
O dia da viagem chegou. Todos no Holger estão conformados em adiar a tão esperada turnê pelo Canadá. A burocracia mais uma vez não dera trégua e o visto de entrada do grupo no país não havia sido liberado com antecedência. Até que, faltando poucas horas para o voo, recebem um telefonema decisivo: a documentação havia sido liberada pelo consulado. Correm para arrumar as malas às pressas, carregar o equipamento, ir para o aeroporto, encarar uma viagem de mais de dez horas e chegar à Quebec quase em cima da hora do show. "Foi o mais recompensador e o mais difícil de fazer. Tivemos todo esse problema com o visto, passamos o som cinco minutos antes de subir no palco e quando começou foi mágico, coisa de outro mundo", revela Rolla, que, ao lado de The Pepe, Arthur, Pata e Sverner, deixou os canadenses estupefatos com o revezamento intenso de guitarras, baixos, bateria, vozes e a animação contagiante das apresentações ao vivo do grupo paulistano.
Com apenas dois anos de vida, os paulistanos do Holger já conquistaram um respeitoso espaço na cena independente, frequentaram outro festival gringo, o South By Sothwest (um dos mais importantes da cena independente, realizado anualmente no Texas, nos Estados Unidos) e também os principais festivais independentes brasileiros, em que já dividiram a escalação com outros artistas como Vaselines, Matt & Kim, Super Furry Animals e Gogol Bordello. "Esse intercâmbio é importante. Só conseguimos tocar no Pop Montreal porque havíamos tocado com o Matt & Kim em São Paulo. Você acaba abrindo portas em lugares diferentes, consegue armar shows bacanas, com visibilidade boa", diz Rolla, que além de cantar, toca todos os instrumentos
Já Pata revela que o aditivo para o sucesso conquistado em tão pouco tempo foi estar no lugar certo, com as pessoas certas e fazendo a coisa certa, uma mistura de acaso e dedicação em proporções semelhantes. "Acho que são vários fatores. A gente gosta do que faz, gostamos um do outro, temos sorte de nossos amigos serem ótimos e acredito que nosso som seja legal. É boa sorte, lugar certo e trabalho certo."
Apesar da rotina bagunçada do quinteto (os integrantes ainda dependem de trabalhos em outras áreas para sobreviver), o Holger aproveita cada brecha na agenda lotada por shows e compromissos de faculdade para trabalhar no álbum de estreia. Um dos poucos registros oficiais do grupo é o videoclipe da música "The Auction", lançado no YouTube. A explicação para a falta de material gravado é o ano letivo. "Normalmente a gente só consegue criar nas férias de faculdade. Durante o tempo todo é ensaiar de manhã e de noite e nos fins de semana", explica Pata, que assim como o restante do grupo, não tem pressa em despejar logo um disco na praça. "Já temos umas sete músicas prontas e pretendemos entrar em estúdio em janeiro de 2010. A gente tenta estipular uma data limite, mas queremos gravar o disco na altura certa, no estúdio certo e com o produtor certo." E, como nem tudo na vida é movido a festa, o dinheiro ainda é um problema que ajuda a emperrar a gravação do disco de estreia do Holger - o que nem de longe desanima os músicos. "Para isso é preciso verba, diz Pata. Estamos tentando viabilizar, mas se não rolar vamos fazer com menos grana, mas com a mesma vontade."
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