Há uma mente inquieta por trás do Passion Pit, atração do Lollapalooza 2013
Rob Tannenbaum Publicado em 13/12/2012, às 15h49 - Atualizado às 15h50
O Halloween chegou bem mais cedo em Memphis, onde os fãs do Passion Pit celebram a chegada da banda pulando pelo Minglewood Hall vestidos em suas fantasias. No palco, o Passion Pit tem também seu punhado de disfarces. Eles não são uma banda – o vocalista Michael Angelakos, que até o fim do show já encharcou de suor sua estilosa camisa social, compôs e gravou as músicas de Gossamer sozinho, e faz as turnês com quatro músicos que ele conheceu na faculdade, em Boston. E ele camufla as músicas, incluindo o sucesso “Take a Walk”, como faixas despretensiosas e alegres, disfarçando suas letras problemáticas e autobiográficas sobre as dificuldades de lidar com a desordem bipolar.
Quando Gossamer foi lançado em julho, Angelakos estava em um hospital psiquiátrico pela segunda vez neste ano (e quarta na vida). Ele tinha sido hospitalizado depois que um médico descobriu que Angelakos planejava se matar. Conforme a banda ensaiava para a turnê, o músico se sentiu “infinitamente” pior que antes. “Eu estava em um estado catatônico”, diz. “Não conseguia sair da cama. Meu cérebro já era. Por isso disse: ‘Vamos cancelar a turnê’. E voltei para a porra do hospital.”
Agora, Angelakos está excursionando e contrariando os conselhos da medicina: os médicos o alertaram de que a privação de sono, o álcool e outros fatores estressantes poderiam fazer com que o distúrbio voltasse à tona. “Estou em turnê porque preciso ganhar a vida”, diz. “É muito caro ficar doente.”
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