The xx abraça veia mais animada em novo disco, mas sem deixar de lado as dores do coração
Gabriel Nunes Publicado em 15/01/2017, às 10h27 - Atualizado em 27/01/2017, às 20h29
Batidas eletrônicas cíclicas, guitarras minimalistas, vocais sussurrados e letras que se insinuam nos ouvidos como epígrafes sobre desamores cotidianos. Essas características foram inerentes aos dois primeiros discos do The xx, xx (2009) e Coexist (2012). No entanto, para quebrar o intervalo de quase meia década, o álbum sucessor, I See You, chega este mês fazendo sangrar a veia mais pop do grupo, ainda que sem negar o intimismo
do passado.
Concebido ao longo de dois anos, I See You foi registrado em Los Angeles, Nova York, Marfa (Texas), Londres e Reiquiavique, na Islândia. “Foi divertido”, afirma Jamie Smith, que ao lado de Romy Madley Croft e Oliver Sim integra o The xx. “Foi quase como se estivéssemos de férias, só que trabalhando muito no disco.”
O novo conjunto de canções apresenta mudanças no processo criativo. Para Smith – que também atende pela alcunha artística Jamie xx –, a transição no método de composição, agora aberto a pessoas de fora da banda, veio para salientar o lado mais dançante dela, até então pouco explorado. “Quando entramos no estúdio para a primeira sessão, tínhamos em mente que queríamos fazer algo bastante diferente dos outros dois discos e que soasse mais ‘ao vivo’.”
Outro ineditismo em I See You aparece na participação de Rodaidh McDonald na produção, que antes ficava concentrada nas mãos de Smith. Conforme ressalta o britânico, colaborações foram substanciais para que o trabalho ganhasse forma: “Em cada lugar que gravamos, convidamos mais pessoas para o estúdio, coisa que nunca havia acontecido. Deixamos que elas ouvissem e comentassem nossas ideias à medida que finalizávamos o disco”. Às vésperas de retornar ao Brasil – desta vez como um dos headliners do Lollapalooza 2017 –, Smith revela estar mais confiante não apenas sobre o palco mas também com as possíveis críticas em relação ao fato de a banda abraçar uma sonoridade pop mais palatável e comercialmente aceita. “Tivemos ótimos e péssimos momentos gravando e produzindo”, revela. “Colocamos muito de nós mesmos ali. Acho que mesmo que as pessoas não gostem do álbum nós continuaremos felizes com o que fizemos.”
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