Ator estreia como protagonista em Mais Forte Que o Mundo – A História de José Aldo
Stella Rodrigues Publicado em 15/06/2016, às 13h21 - Atualizado às 13h23
José Loreto sempre foi adepto dos esportes. Mesmo antes de se descobrir diabético, o que fez com que ele passasse a ser vigilante com o próprio corpo e dieta. Quando ouviu falar, há cinco anos, do projeto da cinebiografia de José Aldo Júnior, o primeiro campeão peso-pena do UFC, passou a acompanhar com ainda mais intensidade o universo das lutas marciais. Além de chegar aos cinemas este mês com Mais Forte Que o Mundo – A História de José Aldo, no papel do protagonista, Loreto está na televisão desde o dia 31 de maio, na novela da Globo Haja Coração.
Como foram os encontros com o Aldo nesse tempo todo de preparação?
Ele é muito gente boa. Já o tinha como um ídolo, mas depois que conheci virou meu ídolo maior no esporte. É um guerreiro de vida e de artes marciais, um baita atleta. Fico mais orgulhoso ainda de contar a história de um cara por quem tenho tanta admiração. Ele me apresentou para a mãe, saímos pra jantar, ir ao cinema, acabamos ficando amigos.
Imagino que não tenha sido fácil acompanhar a última luta dele [em dezembro de 2015, quando sofreu nocaute do irlandês Conor McGregor em apenas 13 segundos].
Foi triste, mas faz parte, e a vida dele é muito de guerreiro. Então, quando parar de ter dificuldade não vai ter graça. Ele ainda vai recuperar o cinturão e brilhar muito mais, está só no começo.
Sua estreia no cinema foi logo com o diretor Afonso Poyart, que tem soluções visuais muito criativas para a narrativa.
Ele tem uma digital própria, é um baita artista. Adorei e aprendi muito vendo como ele gostaria de fazer as coisas e como ele fez. Poyart também está só começando, vai fazer muito filme bom.
Coincidentemente, neste momento você está aí correndo na gravação de Haja Coração, novela em que faz o irmão do Malvino Salvador, que inicialmente ia fazer o Aldo. E tem também a Cleo Pires, seu par romântico no filme.
A novela é muito alto-astral. É interessante porque é trama das 19h, cheia de humor, mas Adônis, meu personagem, é mais pesado. É adotado e não aceita, então tem quase uma vida paralela, tão mentirosa que logo ele vai acreditar na própria mentira. É um cara de baixa renda que se faz de rico.
O que você assistiu para transformar o sotaque de Niterói em paulistano?
Eu já tenho uma mulher [a atriz Débora Nascimento] paulistana da ZL [zona leste], mas hoje ela está mais carioca que eu [risos]! Achei que fosse ter dificuldade, mas foi suave. Mais do que ouvir é entender o lugar. O sotaque vem da história, da geografia, fizemos uma pesquisa grande para entender e não ser só uma imitação.
Você sempre comenta muito o quão importante para sua formação como pessoa foi a atuação no programa Amor e Sexo.
Aprendi coisas para a vida. A gente é de uma sociedade machista e tal. Por mais que eu seja artista e tenha tido uma boa formação, ainda tenho amarras sociais, uns vícios. Lá, fui quebrando esse julgamento. Eu fazia judô e tinha quarto azul, minhas irmãs faziam balé e tinham quarto rosa. Os sexos são iguais, somos todos iguais. Sobre sexo mesmo, que é um tabu... dialogar sobre isso abriu minha cabeça, sou muito grato.
O que achou do fim do MinC? [Dias depois da entrevista, a cultura voltou a ter um ministério próprio]
Achei uma tristeza, a gente sabe que o país é carente de quase tudo e uma dessas coisas é cultura. Saúde, educação e cultura são coisas essenciais. Com o povo reclamando, espero que vejam que temos algum poder de mexer nessa estrutura tão corrupta. Queria que o Brasil fosse tipo casal que briga, que está em crise há anos e resolve recomeçar do zero.
Como foi a sua experiência trabalhando de segurança e fazendo outros bicos nos Estados Unidos?
Estudava economia [no Brasil], mas estava doido para fazer teatro e meus pais não deixavam, aí arrumei uma desculpa para ir a Hollywood. Fiz segurança de show de Linkin Park, Stevie Wonder. Teve a festa de Réveillon em que barrei o Leonardo DiCaprio de uma área vip porque estava sem pulseira (logo veio um segurança maior e o deixou entrar). Tinha visto de trabalho temporário e fiz várias coisas, vendi churros, fui ajudante de barman. Exerci funções que normalmente as pessoas nem enxergam e eu trouxe muito isso pra mim, tento falar com todo mundo.
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