Redação Publicado em 27/10/2013, às 18h15 - Atualizado às 18h33
"I'm Waiting for the Man"
Um rock urgente do primeiro disco do Velvet Underground, lançado em 1967. A letra fala sobre uma ida à cidade para comprar drogas. Com John Cale martelando um piano e Reed mostrando tudo aquilo que estabeleceria seu estilo: resistente, urbano, barulhento, tabu e poético.
No segundo disco do Velvet, White Light / White Heat, Reed levou o grupo o máximo que ele podia com um som épico, barulhento e debochado. Dezessete minutos e meio improvisados, com letras sobre uma orgia de travestis cheia de drogas. Serviria como inspiração para inúmeras bandas nas décadas seguintes, mas, em 1968, quando o álbum foi lançado, o som dominante era psicodélico e os Velvets se destacaram, se transformando em um gênero próprio.
O outro lado do talento infinito de Reed para o veneno descarado era a capacidade de escrever lindas baladas, como esta, que está no terceiro álbum do Velvet, lançado em 1969. A faixa já ganhou versões de R.E.M., Hole e Patti Smith – mas a original é ainda a melhor.
De Transformer, álbum solo de Reed, produzido por David Bowie e Mick Ronson. É um conto de ficção-científica sobre infidelidade e voyeurismo, uma canção de ninar espacial ou um lamento alegórico? Já se passaram 41 anos e ainda é uma charada, envolta em melodia, dentro de um enigma.
A mais famosa música de Reed, uma doce e nostálgica história sobre os travestis da comitiva de Andy Warhol chegando a Nova York e fazendo sexo oral no "quartinho dos fundos". O single, de Transformer, foi considerado transgressor que é um pequeno milagre ter tocado nas rádios – e foi a única canção dele que chegou ao top 40 norte-americano.
É uma famosa faixa de Transformer, muito por conta do verso “vicious / you hit me with a flower”. A letra foi escrita a partir de uma conversa de Reed com Andy Warhol.
Muitos fizeram álbuns em Berlim. Mas o Berlin de Lou Reed serve de base de comparação para todos os outros. Quando o álbum chega ao fim, com esta balada épica, “Sad Song”, parece que todo o mundo estava em colapso e próximo do fim.
Esta versão ao vivo de uma das mais famosas faixas do Velvet Underground (do álbum Rock 'n' Roll Animal) foi um marco para o rock de rádio por muitos anos, muito por causa da longa introdução. Nela, os guitarristas Dick Wagner e Steve Hunter mostram como é possível que duas guitarras trabalhem juntas, sincronizadas em perfeição.
Uma das ações mais hostis que um músico já fez contra o público e a gravadora: em 1975, depois de lançar o disco mais bem-sucedido em vendas, Sally Can't Dance, ele lança um álbum recheado de distorção e barulho. MMM inspirou uma dos melhores textos do critico Lester Bangs, que disse: “humanos sencientes vão achar impossível não sair da sala em que este disco estiver tocando”.
Esta mini-opera rock (do álbum Street Hassle, de 1978), começa com apenas com cordas de orquestra, até se transformar ao poucos em uma banda de rock completa: é um conto sobre luxúria, morte, misoginia e mentiras – e inclui um monólogo interpretado por Bruce Springsteen, que não foi creditado.
Após anos se posicionando como um esquisito antissocial do rock, Reed fez The Blue Mask, em 1982, e se declarou, contra todas as probabilidades, um sujeito normal. Esta faixa sobre 22 de novembro de 1963 é um conto bem-observado a respeito da realidade mundana da morte.
Em The Blue Mask, Reed encontrou algo que lhe faltava, musicalmente, por muitos anos: o guitarrista Robert Quine, que crescera com bootlegs de shows do Velvet Underground. A faixa é composta por 4 minutos impressionantes de psicose pura.
Em New Sensations (1984), Lou Reed entrou na pele do cantor pop divertido e se deu bem no papel.
O disco de 1989 Nova York foi um retorno à velha forma: com histórias sobre o lado sórdido da cidade, com a companhia de uma guitarra musculosa. “Strawman” é um das mais raivosas e melhores do álbum, com versos sobre as desigualdades da sociedade.
Reed se reuniu com o companheiro John Cale, do Velvet Underground, em 1990, para fazer o álbum Songs for Drella, um excelente disco em homenagem ao mecenas deles, Andy Warhol.
Não uma música sobre um sujeito tendo uma crise nervosa, mas sobre fazer creme de ovos. De Set the Twilight (1996), esta faixa doce traz a nostalgia do Brooklyn com uma clássica guitarra de Reed.
Em 1997, a BBC pagou por uma cover cheia de estrelas de “Perfect Day”, canção lançada originalmente no single “Walk on the Wild Side”, mas que ganhou popularidade após aparecer no filme Trainspotting. O clipe traz Bono, Elton John, Emmylou Harris, Shane MacGowan, do Pogues. Ficou em primeiro lugar na Inglaterra.
A melhor faixa de Ecstasy, disco de Lou Reed de 2000, esta música de 18 minutos mostra um artista no limite das suas necessidades animais.
O disco Lulu, lançado em 2011, é uma colaboraçãoo com o Metallica e foi a obra mais polêmica dele desde que escreveu uma música para o comercial da Honda. Mas as melhores faixas são viscerais e pesadas, mostrando que, mesmo aos 69 anos, Reed ainda era implacável.
Em 1997, no quinquagésimo aniversário de David Bowie, Reed subiu ao palco com o velho amigo para tocar "Dirty Blvd" (single de New York) e "White Light / White Heat" (faixa-título do segundo álbum do Velvet e parte do repertório de Bowie por muito tempo).
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