Redação Publicado em 15/01/2015, às 18h37 - Atualizado às 19h42
"Escrevi 'Paraquedas' pensando em levar uma mensagem de fé pra quem escutasse a música. Logo mostrei a letra pra Junix, guitarrista de Salvador com quem tenho grande afinidade musical, e ela veio com aquele riff que marca a música e traduz a relação dos ritmos nordestinos com nossas influências de rock e funk. Curumim, Zé Nigro e Lucas Martins, quando ouviram, logo souberam o que fazer pra dar o equilíbrio que a canção pedia, convidaram as presidentes da Nenê de Vila Matilde para fazer o coro e conseguimos estabelecer um diálogo, um toque de capoeira. Gosto muito dos timbres e cadências que Curumin deu a essa faixa."
Por Luciana Rabassallo
Tim Bernardes, vocalista: "'O Cinza' foi uma música que surgiu na guitarra, meio viajando nesses contrastes entre uma parte rock n' roll com um riffão violento fazendo um contraponto com uma parte calma e bonita, com uma harmonia mais maluca. Tem muito a ver com a semelhança que a gente vê entre o Clube da Esquina e o Tame Impala ou o Pond, de uma textura e um clima rock n' roll pra certas harmonias do jazz. A letra acabou acompanhando esse lance de 'clima'. Ela é mais um 'clima', uma pintura do que uma história. Foi inspirada nessa atmosfera meio 'sonho', que um dia cinza em São Paulo pode trazer. Quando chegamos ao estúdio ainda faltava um trecho da letra, o da parte agitada. Queríamos que essa parte fosse mais concreta, retratando a correria da cidade. Acabamos juntando uns versos que eu tinha com uns versos que o Chaves tinha feito e conseguimos completar a letra um pouco antes de eu entrar para gravar a voz".
Por Luciana Rabassallo
“É difícil destacar faixas do Nheengatu, pois é um disco muito coeso, cujas partes estão associadas para formar um todo. Mas algumas, obviamente, se destacam, como ‘Fardado’ - pelo tema premente-, ‘Cadáver Sobre Cadáver’ - pelo tema eterno, a morte - e ‘República dos Bananas’ - pela força corrosiva dos personagens do Angeli. Nheengatu tem ajudado a resgatar o prestígio e a relevância do rock brasileiro, o que nos deixa muito honrados.”
Por Stella Rodrigues
"Essa música é um bagulho muito doido. Ela saiu muito rápido, foi como um vômito mesmo. Mas sabe quando você vomita e não põe tudo o que deveria pra fora? Foi mais ou menos isso. A música saiu inteira e incompleta. Digo isso pelo fato do refrão não ter saído na hora. E depois, quando veio essa parte da canção, ela fala sobre o esquecimento, e sobre não ter o pedaço que falta. Com uma história de amor metida no meio, 'Insight' fala sobre a sua própria criação. É uma viagem. É uma parada bem sintética, refrão, estrofe, tudo é bem curtinho e definido. A música fala sobre um amor falido mas cheio de fé - e também sobre a sua própria composição. Foi a que o Miranda [produtor] bateu os ouvidos e falou 'é essa!'. Felizmente, está sendo."
Por Luciana Rabassallo
“Kiko (Dinucci) fez essa música em 2011. E desde a primeira vez que me mostrou, senti um impacto que jamais sentira com nenhuma outra canção dele – que jamais sentira com nenhuma outra canção. Ela é ao mesmo tempo estranha e envolvente, vai se desenrolando como que em movimentos de uma suíte: inicialmente mais recolhida, como um acalanto – há uma ironia dilacerante aí! –, quando descreve os detalhes da dor e do que a provoca, e segue de maneira arrastada até chegar ao grito desesperado e exasperado da constatação do incontornável da morte, da tristeza sem fim.
A canção chega direto ao ponto mais profundo da dor que alguém pode sentir diante do feto abortado. Nem contra nem a favor, somente a dor excruciante ali escancarada. É uma canção da ordem do horror, mas também de intensa beleza, e o arranjo que fizemos potencializa tudo. Creio que por isso mesmo ela é capaz de tocar a todos de uma maneira indelével. Já desisti de tentar cantá-la sem chorar.”
Por Lucas Brêda
Jorge Du Peixe: "É uma balada muito melódica e bonita, que te pega pelo ouvido. É direta e bem imagética. Antes de escrever, eu desenhava - vem muito disso, a letra aborda essa ideia do sonho, sugere imagens oníricas. Esse disco teve uma gama maior de baladas assim - a gente sempre teve isso nos discos, mas dessa vez tivemos mais. E essa música sempre se destacou das outras, nas audições".
Por Stella Rodrigues
"No fim de um dia no estúdio, Daniel e Marcelo me apresentaram algumas bases e passaram por essa, que viria a ser 'Cartão de Visita', bem rapidinho. Pedi pra eles colocarem de novo a base e na hora já me veio um esboço do refrão. Eles não esperavam que eu fosse escolher aquele ambiente. Quando terminamos de gravar o refrão, sentimos a necessidade de uma voz feminina e a escolha da Tulipa foi automática".
Por Luciana Rabassallo
“No trabalho de composição, às vezes você acumula algumas ideias, quando decidimos fazer um disco, olhamos para aquelas coisas e às vezes trazemos lá de trás. Era um comecinho que tinha ficado meio ali e outras são inspirações por causa da banda. Acho que essa coisa de ter ações acumuladas ao longo do tempo é o que dá dimensão para um disco. Parece longo, um ano, mas tocar umas músicas um pouquinho depois, essas ações de dilatação do tempo dão uma dimensão para o negócio. Eu acho maneiro que tenha uma mais antiga e uma mais nova, uma sei lá o que. Isso dá uma variedade, ajuda a funcionar como um organismo.”
Por Lucas Brêda
Pra falar de “Meu Recado” eu preciso falar do Michael Sullivan, da magia e da habilidade desse homem. A mensagem por trás dessa música é muito maior que a história que ela está contando. O recado do qual estamos falando é a fronteira entre o que é considerado alta cultura, e o que é considerado brega. O Sullivan é um artista fenomenal, com uma capacidade absurda de compor hits, e eu sou uma artista nova. Ele me perceber, e se propor a fazer uma música junto comigo é o retrato do momento das nossas carreiras: a mistura daquilo que é popular e ainda pode fazer muito sucesso com o novo, com aquilo que tem de ser descoberto. “Meu Recado” representa o que eu penso sobre a música como linguagem.
Por Thiago Dias Neves
Ice Blue: "Essa música fala sobre a nossa história e sobre tudo que enfrentamos até conseguir chegar no nosso objetivo. Para mim o que vale é ser contemporâneo. É viver um momento e fazer uma música que represente aquele determinado momento. Esse disco representa a fase que estamos vivendo. Hoje, o nosso momento são cores e valores. Isso quer dizer que é um momento de reflexão. É um momento de questionar valores".
Por Luciana Rabassallo
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