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Melhores Músicas Internacionais de 2016

Redação Publicado em 13/01/2017, às 14h33 - Atualizado às 18h34

Tom confessional, mazelas sociais e feminismo deram as caras aqui e no mundo. A diversão e a leveza de hits para as rádios, no entanto, também marcaram presença.



Do sofrimento do Radiohead em “True Love Waits” ao poder de “Formation”, de Beyoncé, veja a seguir as 25 melhores músicas internacionais de 2016.


1 | Beyoncé, “Formation”



Foi o hit que se manteve onipresente o ano todo, e que conseguiu se tornar ainda maior com o passar do tempo. Mesmo antes de o resto de Lemonade existir, ele passou a ser o manifesto mais desafiador, em termos de letra, e mais militante, musicalmente, a respeito de quem é Beyoncé, de onde ela é e para onde vai. Vindo de uma artista que já passou muito tempo no centro da cultura norte-americana, foi uma afirmação de negritude e feminismo (com Big Freedia representando a voz dos gays), mas também um convite para a festa ao qual ninguém conseguiu resistir.


2 | David Bowie, “No Plan”



Gravada durante as sessões para o derradeiro álbum da carreira, Blackstar, mas reservada para a trilha sonora da peça Lazarus, esta sinistra canção de fossa sobre flutuar no espaço é

um encerramento magnífico para a jornada de David Bowie.


3 | Leonard Cohen, “You Want It Darker”



A faixa que dá nome ao álbum que Cohen lançou cerca de um mês antes de morrer começa com uma prece fúnebre. O cantor segue desfilando desespero até demonstrar, com firmeza, ter aceitado o fato de que a hora de sua partida estava próxima.


4 | Nick Cave & The Bad Seeds, “I Need You”



“Nada importa quando a pessoa que você ama se vai.” Com a voz partida e repleta de tristeza, Nick Cave canta esses versos ao recordar o filho Arthur, que morreu em 2015, aos 15 anos, depois de cair de um penhasco.


5 | Iggy Pop, “Gardenia”



Josh Homme já tinha escrito uma “Gardenia” com o Kyuss, sua primeira banda. Mas a parceria com Iggy vai em outra direção, com uma cama sonora hipnótica – o que é aquele baixo de Dean Fertita? – perfeita para o vozeirão do ídolo.


6 | Radiohead, “True Love Waits”<



O amor verdadeiro espera, de fato. A música é conhecida pelos fãs desde 1995, quando Thom Yorke começou a mostrá-la ao vivo. Mas foi só quando o grupo forjou este arranjo simples e apurado que sentiu que ela estava pronta para ser registrada.


7 | Regina Spektor, “Bleeding Heart”



Mais uma bela jornada emocional da cantora e pianista de origem russa, “Bleeding Heart” fala sobre superar a ansiedade cotidiana. A música alterna picos ásperos e doces, em uma representação dos dois lados da vida.


8 | Rihanna com Drake, “Work”



Tão grudento quanto difícil de cantar, o hit que embalou o lançamento do disco Anti marcou o retorno da cantora ao dancehall, tão presente no início da carreira. Difícil é segurar a vontade de se mexer ao ouvir “work, work, work”.


9 | Frank Ocean, “Ivy”



Ocean narra um conto sobre um coração partido por cima de uma guitarra distorcida, com a voz lamuriosa confessando: “Eu achei que estivesse sonhando quando você disse que me amava”. É a música mais poderosa que ele já criou.


10 | Wilco, “If I Ever Was a Child”



Com o líder e vocalista, Jeff Tweedy, em seu momento mais retraído e adorável, essa faixa de três minutos traz memórias sobre crescer infeliz no subúrbio do Meio-Oeste, com um gostinho de Nels Cline para ajudar a digerir melhor a dor.


11 | The xx, “On Hold”



O primeiro single de I See You destila um lado dançante até então pouco explorado pelos britânicos. Embora seja mais pop do que as canções de xx (2009) e Coexist (2012), “On Hold” preserva na letra a melancolia introspectiva do grupo.


12 | Kanye West, “Ultralight Beam”



Kanye vai à igreja, com um coral gospel cantando “Este é um sonho de Deus”. Ele traz Kirk Franklin, Kelly Price, The-Dream e Chance the Rapper para ajudá-lo a manter o demônio longe.


13 | Red Hot Chili Peppers, “Dark Necessities”



O hit da volta do Chili Peppers às rádios depois de meia década é uma colaboração com Danger Mouse, com Anthony Kiedis se abrindo sobre momentos sombrios e movidos a drogas.


14 | Chance the Rapper, “Angels”



Com este funk, Chance espalha positividade pelas ruas de Chicago (“Vovó diz que eu sou kosher, mamãe diz que eu sou cultura”) até conseguir fazer todo mundo gingar com ele.


15 | Green Day, “Bang Bang”



Desde a era Bush nos Estados Unidos o Green Day não soava tão ameaçador e agressivo. Foi necessária a sombra de Donald Trump para o trio recuperar a motivação, o discurso e as guitarras

inflamadas.


16 | Sia, “The Greatest”

Com uma letra edificante que funciona desde o nível existencial até como hino de incentivo para ouvir na academia, esta canção na verdade é uma homenagem tocante às vítimas do atentado à

boate Pulse, em Orlando.


17 | A Tribe Called Quest, “The Space Program”



Foi a volta triunfante do grupo – incluindo o grande e saudoso Phife Dawg, que morreu antes do lançamento. Eles trocam rimas sobre o fim do mundo (Q-Tip diz que “não vamos desistir”).


18 | Solange, “Cranes in the Sky”



Uma canção que faz você parar e sentir a dor, não importa onde a esteja ouvindo. Descreve o tipo de tristeza da qual Solange não consegue escapar nem chorando, nem bebendo, transando

ou fazendo compras.


19 | Paul Simon, “Cool Papa Bell”



Cinquenta anos depois do sucesso de “The Sound of Silence”, Simon segue em seu impressionante retorno tardio à música, desta vez sobre uma base grooveada de guitarra com inspirações

africanas.


20 | Alicia Keys, “Blended Family (What You Do for Love)”



Não fica mais pessoal do que isso. Alicia fez uma canção tocante sobre sua “família misturada”: os próprios filhos, o marido (o produtor, Swizz Beatz), a ex dele e os enteados.


21 | Elton John, “Looking Up”



No álbum Wonderful Crazy Night, base para a turnê que trará ao Brasil, o pianista deixa de lado as baladas e prioriza o rock. “Lookin Up” é uma das melhores desta safra, com um riff hipnótico difícil de esquecer.


22 | Garbage, “Empty”



Se Shirley Manson pode expressar insegurança a essa altura, você também pode. Ela faz isso na melhor música do disco Strange Little Birds, que não deve nada aos sucessos do auge do Garbage.


23 | PJ Harvey, “The Wheel”



Na dolorosa canção, pautada pela viagem de PJ para Kosovo e marcada por palmas ritmadas, ela expressa sentimentos comuns a todos que estão acompanhando relatos de guerra a partir da segurança do próprio lar.


24 | Bon Iver, “33 ‘GOD’”



Em 2016, o Bon Iver fez uma inesperada viagem pelo universo experimental, indo fundo em vozes e timbres processados. Esta música engloba tudo isso e ainda prova que Justin Vernon continua sentimental.


25 | Childish Gambino, “Me and Your Mama”



Um trabalho 3 em 1, assim como o comediante, ator e músico. Nas três partes distintas da canção há soul, trecho instrumental e cacofonia. Também mostra Gambino abrindo o coração.


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