Depois do holograma, espólio de Michael Jackson planeja lançar até oito discos póstumos do cantor.
Steve Knopper | Tradução: Ana Ban Publicado em 10/07/2014, às 14h59 - Atualizado em 14/07/2014, às 11h05
O espólio de Michael Jackson conseguiu trazer o astro morto de volta à “vida” com um pseudo-holograma no Billboard Music Awards, no dia 18 de maio. A aparição e o mais recente disco póstumo com músicas do artista, Xscape, foram apenas o início de um plano ambicioso que pode incluir até mais oito álbuns compostos de sobras de estúdio e material reconfigurado. “Temos mais surpresas por vir”, diz o produtor Rodney Jerkins, que trabalhou em Xscape.
O único problema pode ser a demanda discreta por novas músicas de Jackson. Apesar de uma recepção razoavelmente positiva e da participação de Justin Timberlake no single “Love Never Felt So Good”, Xscape empacou no número 2 da parada norte-americana, com uma grande queda a partir da segunda semana. “Depois de um tempo, parte do público para de ouvir”, afirma Dan Beck, ex-executivo da Epic Records que trabalhou próximo a Jackson.
Mesmo com esses percalços, o Rei do Pop é o astro morto que mais fatura no mundo. O espólio de Michael Jackson ganhou US$ 700 milhões desde a morte dele, em 2009, graças a projetos lucrativos como a turnê Immortal, do Cirque du Soleil, e um acordo de US$ 250 milhões com a Sony Music para os álbuns novos. “Fizeram um trabalho muito bom – pense só como tudo poderia ser disfuncional”, Beck diz. “Michael criou a música e eles fizeram com que ela continuasse.”
Os fãs podem esperar por uma escavação ainda mais profunda nos cofres dos arquivos do cantor nos próximos anos. Representantes do espólio não dizem quantas canções estão em condições de ser usadas, mas Jackson era famoso por gravar demais. “Era frequente Michael gravar músicas e deixá-las de molho”, diz Matt Forger, técnico de som que trabalhou por anos com o artista. Depois da morte de Jackson, Tommy Mottola, ex-CEO da Sony Music, sugeriu que o cantor teria trabalhado em algo entre 20 e 30 faixas, no máximo, para cada álbum; Scott Seviour, da Epic, estima que “dezenas” ainda estejam no cofre. “Tenho certeza de que ainda há algumas coisas ótimas lá”, diz Jerkins, “e espero que todos tenhamos a chance de escutá-las.”
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