<b>MARCADO</b><br> Randy Blythe se lembra todos os dias do confinamento - Getty Images

Memórias do Cárcere

Frontman do Lamb of God prepara livro e disco sobre experiência na prisão

Kory Grow | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 16/06/2015, às 11h25 - Atualizado em 27/07/2015, às 10h14

Nunca quis que meu primeiro livro fosse sobre ser preso”, ri Randy Blythe. “Queria que fosse uma versão punk rock de Hemingway, algo assim, mas não aconteceu desse jeito.” Há cinco anos, ele estava fazendo um show em Praga, República Tcheca, com a Lamb of God, banda de metal da qual é vocalista, quando um fã caiu do palco e morreu. Blythe foi acusado de empurrar o fã, virou réu em um processo por homicídio e ficou preso por um mês, até o pagamento da fiança. Finalmente, em março de 2013, foi considerado inocente. Agora, ele está revivendo esse período com uma autobiografia , Dark Days (algo como “Dias Difíceis”, ainda sem título oficial no Brasil), e o novo álbum do Lamb of God, VII Sturm und Drang, também inspirado na experiência (ambos serão lançados em julho). Blythe começou a compor as letras enquanto estava na cadeia de Pankrác, em Praga. O primeiro single, “Still Echoes”, conta a história brutal do lugar (“Havia uma guilhotina na outra ponta do corredor”, ele relembra). Blythe ainda sente os efeitos desse tormento. O processo no tribunal quase arrasou a banda financeiramente e o Lamb of God teve de voltar à estrada assim que Blythe foi libertado. “Queria ir à praia, surfar, andar de skate – mas seis advogados não saem barato.”

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