<b>Celebridade</b><br> Smith comemora o sucesso: “Estou feliz de verdade” - Theo Wenner

Midas da Dor

Depois de transformar um coração partido em prêmios no Grammy, Sam Smith finalmente pode sorrir

Patrick Doyle | Tradução: Ana Ban Publicado em 19/03/2015, às 12h39 - Atualizado em 24/03/2015, às 11h16

Ele não passa despercebido: tem ossos largos e mais de 1,90 m, usa os brincos de cruz prateados que são sua marca registrada e vai deixando um leve rastro do perfume Bleu de Chanel, que fica em você depois que ele te dá um abraço. “Durante toda a minha vida, minha avó usou Chanel N°5”, diz Sam Smith. “Eu escolhi Chanel por causa dela.”

Há apenas dois anos, Smith trabalhava como auxiliar de cozinha em um bar, jantando os restos de peixe com batata frita dos clientes. Nas noites de folga, às vezes ficava em casa bebendo uma garrafa de vinho para tomar coragem e ir sozinho a bares gays. Escreveu a respeito da solidão daquela época em “Stay With Me”, uma confissão em clima gospel sobre o que acontece depois do sexo casual. Foi também nesse período que Smith se apaixonou por um homem casado. Várias das músicas do álbum de estreia do cantor, In the Lonely Hour (2014), dão detalhes sobre a desilusão amorosa. “Eu me apaixonei por um heterossexual em 2013, e ele não correspondeu”, relembra. “Caí na armadilha da minha própria mente.”

In the Lonely Hourse tornou sucesso no mundo todo – vendeu mais de 3,5 milhões de cópias e, em fevereiro, rendeu a Smith quatro gramofones no Grammy, incluindo o de Música do Ano por “Stay With Me”, além de uma série de shows com ingressos esgotados pela América do Norte, no início de 2015.

Smith parece nervoso na passagem de som da primeira apresentação da turnê, em Atlanta, mas tudo se dissipa quando ele se vê diante da plateia. A partir do momento em que o cantor pisa no palco, todos se levantam das cadeiras. Diferentemente de tantos astros pop que se esforçam para soar iguais ao disco em um show, a voz de Smith parece ainda maior do que nas gravações.

Meia hora após o fim da apresentação, entre duas sessões de encontros com fãs, Smith se senta em uma cadeira dura sobre um piso de lajotas. No meio da entrevista, faz uma pausa de alguns segundos, recordando os últimos momentos no palco, enquanto era ovacionado. “Eu literalmente pensei: ‘Como sou feliz. É. Eu estou feliz de verdade neste momento’”, comemora, sorrindo.

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