Rob Tannenbaum | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 12/08/2013, às 12h05 - Atualizado às 12h11
Miley Cyrus não sai de casa durante o dia. Graças ao sucesso do programa infantil Hannah Montana, ela virou estrela aos 13 anos, o que significa que pode fazer o que quiser, como tirar folga de três anos entre um álbum e outro e dar uma virada na carreira com “We Can’t Stop”, uma música sobre sensualizar na balada.
Miley Cyrus fica nua e estampa camiseta de Marc Jacobs
Em “We Can’t Stop”, você canta “dancing with molly” ou “dancing with Miley”?
Tenho sotaque! Por isso quando falo “Miley”, pode soar como se fosse “molly” [uma gíria para ecstasy]. Ninguém pode dizer “molly” no rádio, por isso é óbvio que eu digo “Miley”. Sabia que iam pensar que eu tinha dito outra coisa.
Você carregou sotaque para a lavra ficar vaga?
Já ouviu a música do Meek Mill em que Rick Ross diz “Tenho uma vagabunda do cacete na minha Chevy / Vendendo Miley Cyrus”? As pessoas se referem a cocaína como “Miley Cyrus”. Assim, mesmo se eu estiver dizendo “Miley”, vai ter quem ache algo errado.
A música nova cita bundas grandes e faz alusão a cocaína. É uma mudança brusca na sua carreira.
Não estou tentando fazer músicas só para adolescentes. Não sou o Prince, mas quero fazer canções que os pais não odeiem ouvir. As pessoas acharam que eu ia ser a menininha branquela, cabeça de vento, que só fica rebolando por aí. Desde os 13 anos coloco o trabalho à frente de tudo o que faço na vida. Agora que tenho 20, estou colocando minha vida e minha carreira no mesmo patamar.
Há alguns anos vazou um vídeo seu usando um bong. A declaração oficial foi que você estava fumando sálvia, uma substância permitida. Você é doidona?
[Risos] Você não pode fazer uma pergunta dessas e esperar que a pessoa diga sim. Gravei uma música com Snoop Dogg chamada “Ashtrays and Heartbreaks”, dá para concluir. Acho álcool mais perigoso que maconha – pode ser que fiquem bravos comigo por eu dizer isso, mas não ligo. Vi muita gente se afundar no álcool, mas nunca vi isso acontecer com quem fuma.
Você tem defendido os direitos dos homossexuais. Houve algum tipo de reação negativa?
Meu avô [Ron Cyrus] era um político democrata e se interessava em fazer o bem: brancos, gays, heteros, não importava. Ficou no meu sangue. Um dia, meus filhos dirão: “Como assim gays não podiam se casar?” Muitos dos meus amigos são negros e tenho dificuldade em acreditar que minha bisavó ou a minha avó não podiam andar com negros.
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