Aos 41 anos, vocalista do Offspring quer manter vivo o espírito perdido dos anos 90
Carlos Messias Publicado em 10/11/2008, às 12h14
Remanescentes da onda do "pop punk" (que incluiu Green Day e Rancid), o The Offspring recentemente passou pelo Brasil para promover seu oitavo álbum, Rise and Fall, Rage and Grace. "Foi nosso primeiro disco em quase cinco anos, então tinha de ser especial", diz o vocalista e guitarrista Dexter Holland. "Ficamos quase dois anos trabalhando nele e tentamos fazer algo com que fãs de diferentes gerações pudessem se identificar." Com 24 anos de estrada, a diferença etária entre os fãs divide a banda ao montar o repertório dos shows: "Temos medo de colocar faixas dos dois primeiros discos e a molecada não conhecer".
Os membros da formação clássica - Dexter, o guitarrista Noodles e o baixista Greg K - já estão na casa dos 40 e suas músicas ainda transmitem algo da energia juvenil dos primórdios. "Quando você está em uma banda, é muito fácil não crescer. Você vê que o tempo passou, mas se sente a mesma pessoa", pondera. Para o Offspring, tudo mudou com Smash (1994), o disco que lançou a banda ao mainstream, vendeu 14 milhões de cópias e se tornou o disco independente mais vendido da história "Foi uma puta surpresa! Nada lançado pela Epitaph [selo da banda] tinha vendido sequer 100 mil", relembra Dexter, com nostalgia. "Era legal que nós, o NOFX, o Pennywise e o Rancid abríamos os shows uns dos outros, tínhamos um som parecido e andávamos sempre juntos. Era como um pequeno movimento."
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