Épico Jennifer (Naameh) e Crowe (Noé); - Reprodução

Noé, dirigido por Darren Aronofsky, leva para as telas a famosa história bíblica

Stella Rodrigues Publicado em 13/03/2014, às 07h39 - Atualizado em 03/04/2014, às 13h40

Um blockbuster bíblico de mensagem ambientalista, dirigido por um sujeito que fez fama em Hollywood com filmes de visões artísticas muito próprias, como Cisne Negro: esse é um conceito com informações difusas o suficiente para fazer qualquer fã de blockbusters (ou da Bíblia, ou de Darren Aronofsky, o cineasta em questão) sentir a curiosidade aguçar. E a aposta de Noé (que estreia em 3 de abril no Brasil), que reconta a famosa passagem bíblica na qual um homem salva a família e amostras de todos os animais da Terra de um dilúvio, é ainda mais alta. O elenco traz dois ídolos jovens (Emma Watson e Logan Lerman, que trabalharam juntos no hit independente As Vantagens de Ser Invisível), os veteranos Russell Crowe e Anthony Hopkins e, ainda, reprisa a parceria do diretor com Jennifer Connelly, com quem ele trabalhou em Réquiem para um Sonho.

“Acho que vai causar polêmica, mas provavelmente não por causa do que as pessoas pensam”, especula Emma, que interpreta Ila, filha de Noé, personagem que não está no texto original. “É um filme de arte com um orçamento enorme, mas ainda é um filme de Aronofsky. Ele não foi domado de nenhuma forma”, diz ela, garantindo que o destemido cineasta manteve a originalidade intacta. “Nós fizemos o roteiro há seis anos, e Hollywood não entendia muito bem ainda. Ninguém fazia nada com tema bíblico havia 50 anos”, conta Aronofsky, que aproveitou o roteiro criando uma graphic novel, antes de ter a possibilidade de transformá-lo em um longa. “É uma história muito triste da destruição da humanidade e de todos os animais inocentes que não estavam na arca”, diz o diretor, que fez questão de “honrar e narrar” a história contida no livro a cada passo. “Seja fiel ao material que está na fonte”, ensina ele, que construiu a arca em um formato de caixa, seguindo a descrição precisa da narrativa original, e não a ideia de embarcação que costuma vir primeiro à mente. O mesmo valeu para o elenco. “Tentei tirar aquilo do papel da forma mais fiel possível, em vez de trazer para mim”, explica Jennifer, que faz Naameh, mulher de Noé. “Todas as circunstâncias são profundas, quer dizer, é uma história de proporções bíblicas!”, brinca a atriz.

Apesar disso, Noé não é um mero filme religioso, conforme fica claro desde o trailer. É muito mais uma mensagem ambiental – e, para os descrentes do apelo que esse “combo apocalíptico” terá nos dias de hoje, Aronofsky garante que a base de sustentação de tudo é entretenimento, drama e efeitos especiais o suficiente para tornar o longa interessante para qualquer público. Encarando Noé como uma espécie de primeiro super-herói da história, o diretor define: “Precisa ser assim com um filme dessa escala”.

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