O campeão Paul Rodriguez continua se sentindo desafi ado pelas manobras mais difíceis
Lucas Reginato Publicado em 12/11/2012, às 14h06 - Atualizado em 27/11/2012, às 18h02
Como muitos skatistas, Paul Rodriguez parece viver em um mundo fantástico. “Todo hobby que eu tive antes do skate, desejei que fosse minha profissão”, revela o californiano de 27 anos que, aos 16, já ganhava a vida andando sobre as quatro rodinhas. “Eu tocava guitarra e queria montar uma banda. Antes disso, lutava caratê e queria estrelar filmes de kung fu. Quando comecei a andar de skate, quis ser profissional – e desta vez deu certo.” Aliás, deu mais certo do que ele poderia sequer imaginar. Hoje, Rodriguez é um dos grandes nomes da curta história do esporte, e chegou a tal posição com grandes exibições tanto em vídeos promocionais como em competições como o X Games, do qual é recordista de medalhas na categoria street (foram quatro de ouro, a última em julho deste ano, além de uma de prata e outra de bronze).
“O que gosto nas competições é o desafio. É diferente – você tem uma chance para fazer, e fazer bem feito, e nunca sabe o que o outro cara preparou”, explica. E é o desafio que parece movimentar a carreira de Rodriguez, que garante que nunca irá se cansar do skate, porque “é impossível saber tudo, conseguir fazer todas as manobras. O maior obstáculo pode ser você mesmo. Você tem que pensar: ‘Eu posso fazer isso, é para isso que eu estou aqui’.”
De truque em truque, de desafio em desafio, P-Rod se tornou um ícone e viu quão célebre é ao desembarcar no Brasil. “Pela primeira vez me senti como um popstar”, brinca. As viagens pelo mundo e a vida de astro são cortesia de empresas multinacionais interessadas nas manobras, no carisma e no talento que Rodriguez transmite nas filmagens. As câmeras, ele planeja, não deixarão de mirá-lo, mesmo se um dia tiver que abandonar o skate: “Daqui a muitos anos eu gostaria de ser ator”, promete.
Até lá, Paul Rodriguez continua a saga em busca de aprimorar sua técnica e aumentar seu repertório. “Por mais que as pessoas falem quão bom você é, uma manobra pode te desafiar e te deixar maluco”, diz. “Definitivamente estou melhor do que nunca, mas sei que posso melhorar muito ainda. É a minha meta diária: estar melhor do que no dia anterior.”
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