Moby, sincero: "Um bocado de músicas que toco são bobinhas" -

O Baladeiro

Para Moby, seu novo disco é como uma "noite agitada"

Por José Julio do Espirito Santo Publicado em 09/06/2008, às 17h40 - Atualizado em 19/06/2008, às 20h18

Vegetariano, ativista, religioso - características de uma pessoa simplória (como ele se considera) que parecem não se encaixar na vida noturna do músico e DJ. "Moro no Lower East Side [em Nova York], e a vizinhança é repleta de bares e clubes. Saio a toda hora", Moby contradiz expectativas e conceitua seu novo álbum: "Queria que Last Night soasse como uma noitada na cidade".

"Ooh Yeah", que abre o disco, remete à disco music e locais lendários como o Studio 54. Qual imagem você faz daquela época?

Na Europa, a primeira imagem que se faz é a de pessoas acima do peso em roupas de poliéster dançando em um bar, ao passo que a disco em Nova York tinha mais a ver com Andy Warhol, Mick Jagger e Liza Minnelli no Studio 54, bebendo champanhe e cheirando cocaína até de manhã. Ela estava associada ao glamour. É interessante a sensação de constrangimento que a disco causa pelo mundo, enquanto que aqui foi uma época maravilhosa na música e cultura.

Você queria voltar à época das baladas dos anos 70?

Muito. Fico triste em perceber que as épocas acontecem e depois acabam. Não consigo imaginar um lugar melhor do que Nova York em 1977. Foi quando o hip-hop apareceu, o punk cresceu e a disco estava no auge. Imagina só: em 1977, você podia ir ao Studio 54 para dançar, ir ao CBGB para assistir um show do Talking Heads, ou ao Max's Kansas City para cruzar com o pessoal da Blondie. Era um lugar mítico.

Há uma faixa chamada "Everyday It's 1989". O que você fazia em 89?

Foi o ano em que eu voltei a morar em Nova York. Eu nasci lá, mas me mudei para Connecticut. Para falar a verdade, Nova York era perigosa na época. Ela estava tomada pelo crack e um monte de gente havia contraído o HIV. Era também quando a house e o techno estavam se consolidando. Era uma mistura de perigo com excitação.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 21 da Rolling Stone Brasil, junho/2008

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