Redação Publicado em 03/08/2009, às 16h15
Michael Jackson tinha 10 anos e já deixava 80% do Jackson 5 no chinelo quando, em 1968, Erich Von Däniken lançou o best-seller Seriam os Deuses Astronautas?.
Se a rapaziada celestial veio ou não do espaço, como pregava o autor suíço, a gente não faz ideia. Mas, pelo visto, Michael é mesmo coisa do outro mundo. Pergunte isso a qualquer membro da tribo Anyi, na Costa do Marfim, e ele vai mandar na lata: "áu!".
Em 1992, o cantor deu uma passadinha pelo país africano, para onde levou a turnê do álbum Dangerous. Acontece que, por lá, o status de "rei do pop" virou papo sério. Tão sério que ele foi coroado "príncipe Michael Jackson Amalaman Anoh" pelos chefes tribais dos Sanwi, da vila de Krindjabo, segundo o jornal britânico The Telegraph.
Na época, os Sanwi alegam ter consultado os astros e feito testes de DNA até chegar à conclusão que estavam diante de um legítimo descendente de sua linhagem real. "Foi o próprio Michael Jackson que testou seu DNA e disse que seria bom encontrar sua família. O rei também reconheceu alguns sinais de que ele fazia parte da dinastia. E o assento real no qual o [atual] rei está sentado - Michael Jackson sentou nele, também", alegou Emmanuel Kassy Kofi, um representante da tribo, à rede britânica BBC.
Quando o cantor morreu, em 25 de junho, lideranças tribais enviaram pedido à embaixada norte-americana: a família de Jackson deveria enviar o corpo do filho pródigo à Costa do Marfim. Queriam, afinal, dar ao príncipe um enterro digno, que fizesse jus às tradições locais do reino de Sanwi. A embaixada negou.
Mas o show - e o funeral também - tem que continuar. Por dois dias inteiros, dançarinos tribais e sósias do cantor se apresentaram para público de 2 mil fiéis, entre eles o rei Amon N'Douff 5º. A cerimônia ocorreu no fim de semana, num campo de futebol local, onde ambulantes vendiam camisetas com a imagem de Michael. O slogan impresso não era muito diferente daqueles lidos em souvenires do Staples Center: "Krindjabo chora por você, os Sanwi nunca o esquecerão".
Com a morte de seu príncipe, o rei N'Douff 5º ficou de eleger sucessor ao posto. Mas o jeito foi adiar a decisão: ninguém conseguiu apontar candidato digno de calçar os sapatos do herdeiro real e mandar um moonwalking rumo à corte real da tribo.
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