Rolling Stone EUA Publicado em 02/10/2015, às 14h09 - Atualizado em 24/04/2017, às 14h16
Em 1995, uma banda de rock britânica que já vinha fazendo barulho, chamada Oasis, lança o segundo álbum de estúdio da careira. Quase imediatamente, (What's the Story) Morning Glory?, de sonoridade mais próxima às rádios que seu antecessor, mudou completamente a trajetória da banda. O disco tornou-se o terceiro mais vendido da história da Inglaterra – batido apenas por Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles e Greatest Hits, do Queen –, e fez dos irmãos e líderes do grupo, Noel e Liam Gallagher, celebridades mundiais.
A seguir, veja dez curiosidades sobre as músicas e a produção de (What's the Story).
Pegando emprestado o título do disco de estreia solo de George Harrison, Wonderwall Music – trilha sonora para o filme Wonderwall, de 1968 –, o hit “Wonderwall” foi escrito para a namorada, posteriormente esposa, de Noel, Meg Matthews. Ela estava fora do trabalho e ele queria que ela soubesse o quão importante era para ele.
Para Meg, ter uma música famosa escrita sobre ela era um pouco bizarro. “Não dá para chegar em alguém e falar: ‘Oi, sou Wonderwall’”, lembraria Meg, que depois se casaria e se separaria de Gallagher, ao The Sunday Times, em fevereiro de 1996. “Era uma piada entre eu e meus amigos, mas uma pessoa comum não sabe. George Harrison fez a música para o filme Wonderwall, então esta era a referência, mas, para mim, ela se trata de ser a parede exterior dele. A solidez dele.”
“'Don't Look Back in Anger' não significa nada, por mais que seja uma grande canção”, disse Noel à RS EUA. “Quando estou sóbrio, penso muito nas letras. Estou no meu melhor momento quando fico puto, na minha cabeça, e apenas escrevo”. Liam, por sua vez, contesta. Não que ele conseguisse colocar isso em palavras: “Não sei o que elas querem dizer, mas ainda assim há um significado ali. Elas têm significado, eu só não sei exatamente o quê”.
“A frase ‘Where were you while we were getting high?’ (“Onde você estava enquanto estávamos ficávamos chapados?”) – aquilo era algo que dizíamos o tempo inteiro um para o outro”, revelou Noel ao The Sunday Times.
“Imaginei que Richard não estava muito feliz por um tempo, então compus a música para ele, e cerca de três semanas depois ele saiu [do The Verve]”, disse Noel ao NME em setembro de 1995. “É sobre compositores em geral que estão desesperadamente tentando dizer algo. Gostaria de ser capaz de fazer letras realmente cheias de significado, mas eu sempre acabo falando de drogas ou sexo. As pessoas tendem a perguntar meu conselho sobre várias coisas. Sou bom em dá-los, mas sou péssimo em colocá-los em prática. Mas pessoas como Richard e Paul [Weller] vão cuidar de mim; eles vão se certificar de que estou consciente em uma cadeira ou que vou conseguir chegar em casa.”
“Esta é sobre estar em uma banda”, explicou Noel ao NME, em setembro de 1996. “É um grande passo para nós. Algumas pessoas não vão gostar disso porque eles vão querer mais músicas como ‘Cigarettes and Alcohol’ ou ‘Supersonic’. A banda mudou muito e há uma atmosfera diferente. Tiramos Tony [McCarrol, baterista] porque ele não era tão bom. Tivemos alguns dos melhores tutores de bateria do país, e eles basicamente disseram que ele não era tão bom... mas acredito em destino. Tinha que ter acontecido assim para os primeiros ensaios de Definitely Maybe.”
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