<b>DESDE CRIANÇA</b> Hoje estrela em Dallas, Jordana assistia a novelas brasileiras durante a infância - divulgação

Oitava Arte

Relembrando novelas brasileiras, Jordana Brewster ajuda a reativar um clássico da TV mundial

Stella Rodrigues Publicado em 06/07/2012, às 18h05 - Atualizado às 18h10

Reconhecida como talento no cinema, Jordana Brewster agora trabalha na TV, meio que a inspirou a seguir a carreira de atriz. “É um lugar ótimo no qual se perder ao fim de um longo dia”, define a atriz de 32 anos. “Você se envolve mais com os personagens do que nos filmes, eles estão lá toda semana e há mais tempo para que eles sejam desenvolvidos.” Ao longo dos anos, Jordana chegou a fazer pontas em séries norte-americanas, mas somente agora tem a chance de participar mais ativamente de um projeto televisivo grande – ela interpreta Elena Ramos, uma das protagonistas da nova versão de Dallas, que dá continuidade ao seriado de mesmo nome produzido entre 1978 e 1991.

“Só fui sentir a pressão de protagonizar uma série grande quando fui participar da promoção”, ela conta. “Ficava todo mundo me perguntando se eu estava nervosa, se estava apreensiva com o que os fãs iam achar da continuação da história. E aí passei a pensar: ‘Merda, e se não for bem?’”.

Filha da modelo carioca Maria João e neta (por parte de pai) de um dos presidentes da concorrida Universidade de Yale, Jordana nasceu no Panamá e cresceu envolvida igualmente com a academia e o entretenimento. Foram fatores como sua paixão por novelas durante o período da infância em que morou no Brasil que acabaram definindo o rumo de sua carreira. Curiosamente, ela lembra perfeitamente de acompanhar tramas globais, mas o único título que ficou guardado na memória é o da atração provavelmente menos merecedora: Malhação. Ainda assim, relembrar novelas a deixou curiosa para saber que personagens habitam atualmente o horário nobre do país. “Gabriela? Jura?”, exclamou.

Apesar de se afirmar fissurada por televisão, Jordana não tinha tido contato algum com a Dallas original (no Brasil, exibida durante anos nas noites de domingo, na Rede Globo) antes de ter que assisti-la como uma “divertida lição de casa”. Atualmente, ela está em dia apenas com três das 14 temporadas. Isso porque o tempo na frente da telinha é disputado por muitas das séries das quais ela não abre mão. O interesse por novelas hoje deu lugar a uma paixão por séries, que compartilham as funções de trabalho e hobby. Girls (“A criadora, Lena Duhnam, é brilhante!”), Nurse Jackie e The Good Wife estão entre as favoritas de Jordana. “Sou maluca por televisão”, confessa.

O comprometimento de Jordana com Dallas é intenso. Tendo morado no Rio de Janeiro, Califórnia, Nova York e Panamá, Jordana passou a chamar de lar a cidade que dá nome à série (no Texas). “Foi meio como mudar para o campus da faculdade”, ela compara. Sempre às voltas com menções ao mundo escolar, a atriz garante pretender voltar para os braços da academia. “Ser apenas atriz não me satisfaz”, diz. “Aliás, acho saudável para atores que eles tenham mais coisas acontecendo na vida, porque senão enlouquecem e se sentem à mercê da indústria. Mas certamente não será algo a ver com geologia!”, afirma, lembrando da vocação da Elena que interpreta em Dallas, uma especialista em fontes de energia. “Sou muito ruim, procuro no Google os termos que falo em cena e continuo não entendendo nada.”

Em breve, Jordana deixará a trama rural de Dallas de lado e retornará ao set para encarnar o papel que a tornou famosa, o de Mia Toretto, na cinessérie Velozes e Furiosos. “Foi ótimo e muito importante tê-la ‘chutando bundas’ no último filme”, ela comemora. Depois disso, quem sabe, Jordana poderá ser vista falando seu “enferrujado português”. Ela tem muita vontade de fazer um filme brasileiro. “Fiz uma reunião com José Padilha, porque sou muito fã de Tropa de Elite. Ele é um cara muito legal, adoraria trabalhar com ele.”

Jordana

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