Os Incompreendidos

Helmet traz rock dissonante e complexo pela segunda vez ao Brasil

Carlos Messias Publicado em 10/11/2008, às 12h13

Quatro caras de cabelos curtos, trajes comuns e aparência limpa tocando riffs metaleiros com pegada de hardcore, estrutura harmônica de jazz e solos ruidosos que desafiavam classificações simplórias: o Helmet sempre foi um corpo estranho entre as bandas de rock dos anos 90. "Sempre caguei para o que pensam sobre como eu me visto", diz o vocalista e guitarrista Page Hamilton. A banda, que neste mês toca em Brasília (22) e Goiânia (23), além do repertório, só tem o próprio Hamilton em comum à formação que passou pelo Brasil em 1994. "Ainda era divertido compor, gravar e tocar, mas no meio-tempo eu pensava: 'Meu Deus, esses caras me odeiam'", diz, se referindo a John Stanier (bateria) e Henry Bogdan (baixo), com quem manteve a banda até 1998. "Em 2003, mandei uma demo para o John e ele sequer respondeu". No ano seguinte, Size Matters selou o retorno. "O Helmet sempre foi um projeto meu. Todos que passaram por ele precisaram se encaixar na minha estética. Mas estou feliz com a formação atual, me divertindo mais do que antes".

Entusiasmado, ele promete disco novo para 2009 (quando a banda completa 20 anos) e se diz ansioso para voltar ao Brasil, onde pretende revisitar os seis álbuns da carreira: "Quando meu agente propôs, pensei: 'Sim, claro! Temos que ir!' Adorei o público, a comida e sou apaixonado por música brasileira".

Você lê esta matéria na íntegra na edição 26, novembro/2008

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