Redação Publicado em 12/11/2015, às 17h36 - Atualizado em 13/11/2015, às 12h32
Em 1970, Neil Young comprou um pedaço gigante de terra no Norte da Califórnia. Ele deu ao lugar o nome de Broken Arrow Ranch e mora lá até hoje. Quando se mudou, o rancho era administrado por um homem chamado Louis Avila. “Louis me levou para dar uma volta no seu jipe azul”, Young contou em 2005. “Ele me levou até o topo do lugar, onde um lago alimenta todos os pastos, e disse, ‘Bem, me diga, como um jovem como você conseguiu dinheiro suficiente para comprar um lugar como esse?’ e eu respondi, ‘Bem, é sorte, Louie, apenas sorte mesmo’. Ele concluiu: ‘Nossa, que coisa…”. Young escreveu a música sobre ele. Observação: Hoje Neil Young é mais velho do que Avila era quando eles se conheceram.
2 - "The Needle And The Damage Done"
Quando Neil Young tocou "The Needle And The Damage Done" pela primeira vez, em janeiro de 1971, o guitarrista da Crazy Horse Danny Whitten estava há quase dois anos de morrer em uma overdose de heroína. Mas Young já podia ver aonde o terrível vício de Whitten o estava levando. O guitarrista não era o único do círculo de amigos de Young que havia sucumbido à heroína no início dos anos 1970 e essa música foi feita para todos eles. Quando o roadie Bruce Berry morreu em uma overdose apenas sete meses depois de Whitten, Young entrou em depressão e escreveu Tonight's The Night, sobre as tragédias.
"Heart of Gold" transformou Neil Young de uma amada figura do rock em um astro internacional. Em 1972, a música atingiu o topo das paradas. Durante aquele tempo, Bob Dylan estava vivendo com sua família, recluso, no Arizona. “Eu costumava odiar aquilo quando surgiu no rádio”, Dylan disse em 1985. “Sempre gostei de Neil Young, mas me incomodava toda vez em que eu escutava “Heart of Gold”. Acho que ficou em primeiro nas paradas por muito tempo e eu disse, ‘Merda, sou eu. Se soa como eu, também deveria ser eu’. Young também não gostou da sua transformação em um ícone pop do mainstream e nos anos seguintes fez tudo que pôde para garantir que aquilo não ia acontecer de novo.
Neil Young tocou "Like A Hurricane" de incontáveis diferentes formas. Em Unplugged (1992), ele apresentou uma solene versão no órgão. Enquanto esteve em turnê com a Crazy Horse, ele a prolongou para mais de 15 minutos. Nessas excursões, o guitarrista da Crazy Horse, Frank "Pancho" Sampedro, frequentemente toca órgão enquanto Young e o baixista Billy Talbot proporcionam um momento hipnotizante.
A única música na lista que não foi lançada nos anos 1970 é a faixa-título de Harvest Moon (1992), a sequência do clássico Harvest (1972). Young reuniu a mesma banda de estúdio do álbum original e conseguiu até James Taylor e Linda Ronstadt para contribuir novamente com os backing vocals. A música é um tributo para sua esposa Pegi e no clipe os dois dançam no bar, mesmo que um outro Neil Young esteja no palco cantando.
Neil Young escreveu “Ohio” dias depois da tragédia da universidade Kent State, na qual a guarda nacional dos Estados Unidos abriu fogo contra um grupo de manifestantes, matando quatro estudantes. Ele compôs a música apenas 15 minutos após ter visto um devastador álbum de fotos do incidente na revista Life. Como o editor da Rolling Stone EUA conta no novo livro Fire and Rain, Crosby ligou para Graham Nash e disse: “Você não acredita na porra da música que Neil acabou de fazer". Crosby, Stills, Nash and Young se encontraram com a equipe de som da Warner Bros. no dia seguinte para gravar o explosivo hino de protesto.
A letra dessa música faz a de "Powderfinger" parecer tão compreensível quanto “Ohio”. Poderia fazer mais sentido se Dean Stockwell, amigo de Young mais conhecido como o Al da série Quantum Leap, tivesse completado o filme para o qual a canção foi feita. O longa nunca existiu, mas Young compôs "After The Goldrush" e "Cripple Creek Ferry" para a trilha sonora da produção.
“Cortez The Killer” não é exatamente o relato mais exato da vida do conquistador espanhol Hernán Cortés. Isso não significa que a música não seja absolutamente brilhante. Young fez a faixa em 1975 com a Crazy Horse, banda que o acompanhou em boa parte da carreira, enquanto alguns integrantes do grupo estavam sob efeitos de drogas pesadas. Quando eles terminaram, o produtor David Briggs disse que os circuitos elétricos pifaram durante a gravação e que eles haviam perdido toda a parte final do material. Segundo a lenda, Young deu de ombros e disse: “Nunca gostei dessa parte mesmo”. A letra do suposto final nunca veio à tona.
Nos últimos 33 anos, os fãs de Neil Young têm debatido sobre o que exatamente a letra de "Powderfinger" fala. Ninguém discute que essa é uma de suas melhores músicas. Young deve concordar, já que a tocou 666 vezes (apenas "Cinnamon Girl" ganha dela). O artista nunca explicou a letra em detalhes, mas existe uma interpretação geral: é sobre uma família de contrabandistas (ou algum outro tipo de atividade ilegal) no alto das montanhas. Eles passaram por muitas tragédias e as autoridades estão atrás deles.
10 - “Helpless”
A mais memorável contribuição de Neil Young para o Crosby, Stills, Nash and Young, de 1970, é uma nostálgica recordação da infância do artista no Canadá. Em uma entrevista de 1995 à Mojo, Young explica que a “cidade de North Ontario” citada na letra não é um lugar específico. “Na verdade, são dois lugares, Omemme ou Ontario. É onde eu fui à escola pela primeira vez e passei meu anos do colégio”. A mais famosa performance da canção é do espetáculo de despedida da The Band, The Last Waltz (1976). No seu livro This Wheel's On Fire, o baterista Levon Helm conta que Young entrou no palco com uma considerável pedra de cocaína presa no nariz, detalhe que teve que ser corrigido por especialistas no filme sobre o show, que é dirigido por Martin Scorsese.
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