<b>Pabllo Vittar</B> - Mauricio Nahas

Pabllo Vittar: “Tenho orgulho do que sou. Nunca fiz nada para ninguém me olhar torto”

Em um ano, a cantora transformou um término de relacionamento, carisma pop e a mistura de música brasileira com EDM em um fenômeno de popularidade; “Uma drag em cima do palco, no país que mais mata LGBTs no mundo: isso já diz tudo”, defende

Lucas Brêda Publicado em 17/01/2018, às 17h55 - Atualizado às 17h58

“Ai, meu Deus, está tocando música minha no meio do rolê?” Pabllo Vittar tem um breve susto e interrompe abruptamente o assunto. O “rolê”, no caso, é a sacada do apartamento do produtor Rodrigo Gorky, na zona sul de São Paulo, onde fica o estúdio em que ela gravaria algumas horas depois. A cantora sacou um celular para trilhar o nosso encontro e ela mesma ficou surpresa ao ouvir que uma faixa sua estava ali naquela playlist. Desmontada, com os cabelos curtos à mostra e calçando chinelos, ela soa mais tímida que a drag queen exultante cujo rosto e, especialmente, a voz, já são facilmente reconhecidos em todo o Brasil. Pabllo abre um sorriso e continua o papo já emendando um statement que parece definir tudo que quer para a própria carreira. “Acho massa quem traz letras com questionamentos e indagações. Só que eu, como artista, quero falar de coisas comuns, do meu dia a dia. Da briga que eu tive com minha amiga, sabe? [Risos].”

Para quase todo mundo, 2017 foi um ano comum. Para Pabllo, foi o grande ano, um período que definiu a vida dela. De 10 de janeiro, quando lançou o disco de estreia, Vai Passar Mal, até dezembro, a cantora foi de drag conhecida em seu nicho a uma das pessoas mais famosas do país. É difícil imaginar alguém que tenha passado imune a um hit das dimensões de “K.O.”, música que é a cara de Pabllo: uma levada de forró embalada com batidas de EDM, timbres de pop e refrães agudos gritados. A letra, uma declaração leve, mas corajosa, é o que todo mundo gostaria de dizer ao “crush”. É também uma provocação, cantada da maneira mais contagiante possível, no estilo que já é típico dela e que aparece em outras músicas, como “Corpo Sensual” e “Todo Dia”.

No Brasil de 2017, em termos de som, duas vertentes têm alcance ultra-popular: as batidas do funk e o sertanejo (puxado pela sofrência do “feminejo”), com algumas poucas exceções. De um jeito indireto, Pabllo Vittar acaba sendo uma espécie de meio do caminho entre eles. “Meu pop sempre vai ser o pop popular, aquilo que as pessoas gostam de ouvir”, analisa. “No próximo disco, vai ter forró com certeza, mas com uma cara diferente de como estava no primeiro álbum. É o que eu sou, sabe? Um forró ou um arrocha misturado com techno, um pop mais pra frente.” Frequentemente, para tentar entender o DNA musical, ela resgata a infância, entre o fim dos anos 1990 e o começo dos 2000, em São Luís do Maranhão (onde nasceu) e Santa Isabel, no Pará (onde morou). “Ouvia muito carimbó, cúmbia, tecnobrega, os vizinhos tinham aquelas coletâneas de hits internacionais dos anos 2000”, lembra. “E da minha mãe vinha muito Elis Regina, Chico Buarque. Amo o Alceu Valença, e esses dias estávamos ouvindo Zé Ramalho.”

“Open Bar”, música que levantou a popularidade de uma Pabllo ainda relativamente desconhecida, foi baseada em um término da vida real. “Foi meu ex que me traiu”, ela admite, hoje com 23 anos de idade, falando do último relacionamento sério que teve, há cerca de quatro anos, e que a deixou emocionalmente abalada. “Ah, foi o meu primeiro namorado da vida e ficamos, tipo, dois anos juntos. Ele me traiu e eu fui fazer o quê? Beber com a minha amiga [risos].” Além de render um hit, a traição e o término motivaram Pabllo a frequentar a UFU (Universidade Federal de Uberlândia), quando já havia se mudado para a cidade de médio porte do Triângulo Mineiro onde vive até hoje, iniciando a curta trajetória de estudante relapsa de design. A partir de então, e depois de ter trabalhado em um salão de beleza para ajudar a mãe com as finanças, ela passou a ter contato com pessoas diferentes, a se montar com mais dedicação (“não era aquela coisa tosca do começo”) e a frequentar a noite da cidade. Foi onde conheceu os homens que hoje chama de “pai”: o DJ dela, Leocádio Rezende, e o empresário, Yan Hayashi. Pelos “pais”, encontrou-se com Gorky, alguém que já havia trilhado o caminho do electropop brasileiro como integrante do Bonde do Rolê e que se interessou por alguns vídeos dela.

Uma passagem de Gorky por Uberlândia culminou na gravação de “Open Bar”, essencialmente uma recriação com arranjos “abrasileirados” e letra original em português de “Lean On” (2015), do duo imensamente popular Major Lazer. Foram cerca de 50 mil visualizações logo no primeiro dia. O material chegou aos ouvidos de Diplo, integrante do Major Lazer e autor de “Lean On”, além de produtor de nomes de Madonna a Justin Bieber. O interesse dele na brasileira foi tanto que rendeu em duas frentes: Diplo produziu “Então Vai”, uma das faixas mais sintéticas de Vai Passar Mal, e Pabllo acabou estrelando, ao lado de Anitta, “Sua Cara”, hit do Major Lazer. Se a drag já estava conectada ao Bonde do Rolê por Gorky, Mateus Carrilho, com quem ela divide a suingada “Corpo Sensual”, acabou se tornando sua ligação com a Banda Uó, selando uma aliança com duas bandas que há anos já exploravam essa estética “brega” e eletrônica para um público menos abrangente.

Somada a isso tudo, a imagem de drag queen desenvolta e encantadora fez de Pabllo um caso de propagação absurdamente veloz, alguém que em uma dúzia de meses acabou estampando campanhas publicitárias de ampla abrangência. Foi um fenômeno tão único que ficou difícil de explicar e ser compreendida quando, no último mês de outubro, deu entrevista a duas das maiores publicações do mundo, a norte-americana The New York Times e a britânica The Guardian: “É melhor [falar] com vocês. Quando eu fui conversar com os gringos, eles me faziam as perguntas me vendo como uma coisa underground, algo de nicho. Parece que eles não entendiam que eu sou tipo popular, que eu sou... mainstream”.

“Minha filha é sua fã!”, empolga-se um taxista de São Paulo, encarando pelo espelho do carro uma Pabllo Vittar desmontada e cansada, que ainda não tinha nem conseguido almoçar, apesar de já estarmos no meio da tarde. O veículo está parado na farmácia, onde ela vai atrás de produtos para retirar a maquiagem aplicada para a sessão de fotos da capa da Rolling Stone Brasil. O motorista pede apenas uma selfie, mas a cantora toma para si o celular e grava um vídeo endereçado à criança. “Obedeça seus pais”, pede, caindo na risada. Apesar de naturalmente presumida, a popularidade da drag queen é ratificada a cada esquina. No mesmo táxi, ela atendeu o telefone para dar a primeira das três entrevistas do dia, para uma revista semanal de circulação nacional (a outra foi para um título da Colômbia). “Não gosto muito”, confidencia, com uma frase que certamente seria menos educada se não houvesse um jornalista no banco ao lado. Pabllo não verbaliza, mas está se referindo às perguntas sempre parecidas, geralmente envolvendo questões de representatividade e política. “Está tudo lá, não tem o que ficar falando. Uma drag em cima do palco, no país que mais mata LGBTs no mundo. Isso já diz tudo.”

Em novembro, ela foi a atração principal de um evento patrocinado em uma casa de alto padrão na zona sul de São Paulo. “Você viu onde eles colocaram as ‘bi’?”, questionou, notando que uma espécie de pista vip, imediatamente em frente ao palco, estava preenchida por uma plateia majoritariamente heterossexual e abastada. Durante o show, ela ficou pedindo repetidamente pela presença das “minhas amigas drag” nas laterais do palco. “Parece que tinha uma divisão, estavam lá no fundo. Eles que agitam, são meu público.” Na mesma noite, Pabllo havia sido submetida a uma espécie de “meet & greet” durante o qual convidados elegantemente trajados e de postura até um pouco blasé foram levados para o backstage. Houve uma exceção, uma garota ofegante, que surgiu toda enrolada em uma bandeira LGBT, chorando desde que avistou a cantora até a hora de deixar o cômodo. “As pessoas que vêm falar com ela geralmente estão assim”, destacou imediatamente o DJ de Pabllo, Leocádio Rezende. Isso se provou no último dia 17 de dezembro, quando ela reuniu cerca de 15 mil pessoas para um show de graça no terraço da loja C&A, na famosa Rua Augusta (São Paulo), em uma tarde de domingo. Segundo o portal Uol, via programa Fofocalizando, do SBT, ela chegou a chorar depois que os seguranças não conseguiram segurar a multidão que vinha atrás da artista no caminho até a van de saída. Dias antes, ela também havia causado histeria ao cantar na Parada LGBTI do Rio de Janeiro.

A essa altura, contudo, eventos dessa dimensão já não são novidade na carreira da cantora. Em setembro, apenas oito meses depois do lançamento de Vai Passar Mal, ela já estava no palco Mundo do Rock in Rio ouvindo Fergie dizer que “a ama” e cantando “Sua Cara”. Na mesma edição do megafestival, ela fez um show-surpresa, em um palco alternativo, aglomerando um enorme público – eufórico – e gerando mais burburinho que grande parte das atrações principais. Ao fim do evento, a drag acabou sendo o alento do público LGBT, após o cancelamento do show de Lady Gaga.

Os feitos de Pabllo, na verdade, já são difíceis de contabilizar, e o choque principal continua sendo o fato de que eles todos aconteceram em menos de um ano. A brasileira se tornou a drag queen mais seguida do mundo nas redes sociais – ultrapassando e dobrando o número de RuPaul, a apresentadora do reality RuPaul’s Drag Race (para o qual ela foi convidada para uma participação, segundo a coluna Zapping, do jornal Agora) e uma das 100 pessoas mais influentes do planeta para a revista Time–; teve o hit do Carnaval – “Todo Dia”, polêmica parceria com o rapper Rico Dalasam –; teve também o terceiro clipe mais assistido no YouTube nas primeiras 24 horas (ficando atrás apenas de Adele e Taylor Swift). A lista continua: gravou clipe no deserto do Saara, ganhou prêmio Multishow, comprou uma casa para a mãe, viu o valor do cachê disparar e até conheceu Madonna em uma festa do Rio de Janeiro. Antes de 2017 acabar, ela ainda cantou (em português) em “I Got It”, single da norte-americana Charli XCX. “Não chego a sentir medo. Medo é uma palavra forte”, reflete Pabllo, que geralmente fica tranquila em situações de exposição. “O que acontece é que, por exemplo, quando eu fui no [programa do] Faustão, eu estava com um frio na barriga da porra.” A drag maranhense já havia cantado na atração dominical da Globo, na qual foi chamada de “Pabllo Vilar” pelo apresentador, gafe que rendeu piadas por muito tempo. Ela retornou ao Domingão do Faustão para receber o prêmio de Música do Ano, por “K.O.” Mas a aparição mais importante na emissora foi a primeira, integrando a banda do Amor & Sexo, apresentado por Fernanda Lima. Depois disso, virou presença frequente no canal mais assistido do país, dando as caras no Caldeirão do Huck e no Altas Horas, entre outros. Não só pelo tipo de música mas especialmente pela origem e pela personalidade fica fácil entender a ambição da drag em estar em exposição direta para o Brasil mais popular. “Sou absolutamente grata por todas essas portas abertas. Todo mundo que abriu espaço para mim. Todo mundo que me contratou. Em um país louco desses, contratar uma drag para cantar na sua cidade? Imagine”, diz.

Pabllo virou uma espécie de aposta lucrativa para as marcas e meios de comunicação. Com uma música refrescante, que é inegavelmente contagiante, e uma capacidade de transitar com alguma naturalidade nos mais distintos círculos sociais, tornou-se a via de contato entre marcas e o mercado consumidor LGBT (cada vez menos preso no armário). Do ponto de vista social, é a representação máxima não apenas da cultura drag – que, no Brasil, teve ícones como Rogéria e Jane di Castro – mas do sentimento queer, de fluidez de gênero, que faz com que “meninos afeminados” e “meninas macho” sejam tratados como aberrações desde a infância. É o espelho que ela mesma não teve durante os anos de formação, e adoraria ter tido.

Mesmo sendo empurrada para o que ficou conhecido como a turma da “lacração”, Pabllo não faz música política, não canta sequer sobre autoestima nem sobre ser gay. Nem mesmo – diferentemente do que faz, por exemplo, a rapper Karol Conka – sobre representatividade. Como Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Rita Lee ou a maioria dos artistas de sucesso de massa no Brasil, ela fala de amores e decepções, de festas e celebrações, e de sexo. A importância política de Pabllo é inerente e inevitável. Ser quem ela é e representar as pessoas que contam com ela “é a minha profissão, é todo dia”, define. “Recebo minha agenda e encaro assim: estou tomando banho e vou para o meu trabalho. É igual ao telemarketing ou ao salão de beleza. E tenho que estar o melhor possível, seja na foto, seja na música. Só assim vou ser respeitada.”

Pabllo sempre cantou. A vida inteira. Fosse nos shows de competição de talentos – os quais frequentemente vencia na escola –, quando ia com a mãe à igreja, fosse em frente ao espelho. Dois vídeos dela no começo da carreira, ambos presentes no YouTube, hoje são muito conhecidos: em um deles, ela impressiona interpretando dramaticamente “I Have Nothing”, de Whitney Houston e, no outro, participa de um programa de TV local do Maranhão cantando Michael Jackson. No segundo, aparentemente ainda mais jovem, ela já não assinava como Phabullo Rodrigues da Silva, nome de batismo, e sim como Pablo Knowles, tomando emprestado sem pudores o sobrenome de Beyoncé. A performance é quase completamente comprometida pelo violão desafinado e até hoje rende à drag uma alta dose de haters (“Nunca perdi meu tempo com hater”, desconversa). “Literalmente todo sábado eu estava naquele programa, o apresentador era meu amigo”, lembra. “Eu amava ir lá aparecer na TV, foi meu começo mesmo.” Quando entrou na faculdade, aí sim passou a receber convites para se apresentar em barzinhos, cantando covers de Rihanna e Ariana Grande, entre outros, e a rentabilidade do novo trabalho até a fez largar o emprego no salão.

Depois de um tempo dividindo casa com um amigo, Pabllo hoje mora novamente com a mãe, dona Verônica, a quem não mede agradecimentos pela compreensão e pela criação que recebeu – longe do pai, que mal conheceu. Da formação religiosa, a drag mantém as crenças. “Eu oro antes de entrar no palco, antes de dormir, quando eu acordo. Acredito Nele [Deus], acho que Ele sempre vai estar comigo”, revela, antes de contar uma história trágica – e cômica – de quando dona Verônica foi à igreja recentemente. “O pastor começou a pregar sobre pessoas ‘doentes’ e rezar pela ‘cura’ dos gays. Quando ele começou a falar isso, minha mãe saiu correndo na hora”, gargalha Pabllo. “Com esse tipo de gente que até hoje é racista, misógina, homofóbica, transfóbica, eu fico: ‘Mano, para’. Fico muito triste. Porra, Deus fez os humanos para eles se odiarem desse jeito? Ele deve virar e pensar assim: ‘Que vergonha’.” A drag, mesmo com status de celebridade, segue na fatia mais desfavorável do ciclo do preconceito. “Hoje eu tiro de letra, porque tenho muito orgulho do que eu sou. O pior é o ódio que dá quando eu não fiz nada para a pessoa, nada para ninguém me olhar torto, e elas apontam ou dão risada de mim. Cada vez mais eu perco a esperança em certas pessoas. Tem gente que já desacreditei, tipo: ‘Você não vai mudar mais’.”

Tão importante quanto a autoestima é o “núcleo familiar” de negócios no qual Pabllo hoje se apoia. Além dos “pais” e de Gorky, ela anda com maquiadores e stylists e está quase sempre acompanhada pela amiga fiel e também drag SeaShell (Pablo Urias). “Em geral, meus dias são sempre felizes. Eu amava e sempre amei me mostrar, me exibir para os outros, e acho que até hoje estou sempre querendo dar um jeito de alguém me notar. Já umas coisas, tipo ficar sozinho no hotel, eu odeio”, ela assume, falando de si mesma no masculino pela primeira vez naquela tarde. “Chega a ser triste, às vezes. Todo mundo gosta de mim e do meu trabalho, mas quando eu chego no hotel ou em alguma cidade, não tenho ninguém. Sou muito carente, essa é a verdade.”

Só naquele dia, já tinha feito um extenso ensaio fotográfico, dado três entrevistas e gravado vozes para uma música. Estava acordada desde 7h e foi almoçar quando o sol já estava se pondo. “Não é só ‘glamour’. Tem que ficar sorrindo, mesmo não estando bem, tendo algo [ruim acontecendo] na família. Isso é muito louco. Achava que os artistas eram de outro jeito. Até por isso, hoje eu admiro ainda mais quem eu já admirava.”

Depois de tempos tão atribulados, para os próximos meses ela só tem dois planos: diminuir a agenda “para conseguir trabalhar melhor” e continuar preparando um novo disco. Tem ouvido de SZA a Kali Uchis, anda empolgada com Allie X e está interessada em usar guitarras, a exemplo do que Rihanna fez em “Kiss It Better” (de Anti, 2016), possivelmente a canção da barbadiana que tem mais a cara da brasileira. E também “manter um pouquinho do que estou fazendo, porque está gostoso demais”. Pabllo não deve parar de crescer em 2018, seja na quantidade de selfies com taxistas, seja no incômodo gerado às igrejas e instituições mais tradicionais.

“Em números, talvez. Porque vivemos em um tempo de tecnologia que outras não viveram”, Pabllo pondera, desmontando-se em seu 1,87 metro de corpo sensual, antes de envergonhadamente refutar o título de maior drag brasileira de todos os tempos. “Se hoje eu estou aqui, batendo recordes, é porque muita gente passou por muita coisa. Imagine ser drag dez anos atrás. Se a gente sofre hoje, imagine elas.” O caminho havia sido aberto, só que agora, após Pabllo Vittar, ele está escancarado. Muita gente vai passar mal.

Sem Conversa

“Eu não espero o Carnaval chegar pra ser vadia, sou todo dia.” O refrão escrito por Rico Dalasam, autodenominado o primeiro rapper gay do Brasil, foi um dos mais marcantes do Carnaval de 2017, mas na voz de Pabllo Vittar. “Todo Dia”, que teve produção do DJ Gorky, contudo, foi retirada de todas as plataformas de streaming em agosto (só no YouTube, já passava das 50 milhões de visualizações). A razão: briga por royalties. Segundo a equipe de Pabllo, Dalasam recebeu 100% dos direitos autorais, e o acordo entre eles dizia que, em contrapartida, o rapper cederia sua participação como artista convidado na gravação da faixa. “O certo seria eu, por ter feito música e melodia, ter a autoria. E, por ter cantado na música, ter uma parcela enquanto cointérprete”, defendeu Dalasam à RS à época. “Ele [Gorky] disse que eu tinha cedido os direitos. Só que obviamente eu não iria ceder um direito de intérprete.” O discurso inicial do rapper era de “não é Rico versus Pabllo”, porém de lá pra cá um deixou de seguir o outro nas redes sociais. E Dalasam começou a bradar “respeite as bichas pretas” nos shows.

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