Patti Smith deixava de ser artista cult e chegava ao grande público
Redação Publicado em 24/02/2016, às 17h23 - Atualizado em 30/12/2016, às 11h49
A cantora, compositora e poetisa Patti Smith se tornou cultuada quando lançou, em dezembro de 1975, o clássico álbum Horses. Depois, a carreira dela seguiu crescendo. Em 1978, “Because the Night”, parceria com Bruce Springsteen, se tornou um hit mundial (naquele mesmo ano Springsteen também brilhou com um disco próprio, o aclamado Darkness on the Edge of Town). Com o sucesso, a Rolling Stone dedicou uma merecida capa a ela, com entrevista assinada por Charles M. Young. A imagem criada para a ocasião se tornou icônica: a foto de Annie Leibovitz mostra a cantora com um jeito aparentemente despreocupado, enquanto atrás dela tudo pega fogo. “Eu tinha um assistente e falei para ele que precisava de uma parede de fogo. Ele encharcou uma rede com querosene e acendeu”, relembrou a fotógrafa. “A chama durou cinco segundos e quase queimou o local.” Annie conseguiu o efeito desejado, mesmo que Patti tenha saído de lá com a roupa chamuscada.
Encontrando Young depois de abrir um show dos Rolling Stones em Atlanta, Patti Smith discorreu sobre poesia, sexo e fama. “Estou determinada a provar que existe um lugar para nós, os jovens, os fodidos, aqueles que não têm chance de ter um diploma”, disse. Sobre o status de estrela do rock, ela filosofou: “Eu serei sempre uma ovelha negra, talvez uma ovelha negra mais rica. Mas os jovens me veem como alguém que não pertencia a lugar algum”.
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