- - Terry Richardson

Perigosa

Uma gigante incansável do pop ou a garota-propaganda das más escolhas? Rihanna não quer que você se preocupe com ela

Josh Eells | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 15/03/2013, às 13h52 - Atualizado em 08/04/2013, às 12h02

Uma estrela pop superfamosa chega a um clube de comédia... Na verdade, “chega” não é bem a palavra. Rihanna se esgueira. Ela entra pela porta dos fundos, ao estilo do filme Os Bons Companheiros, às 22h em ponto, vai direto para a mesa do canto e se senta no camarote de couro cor de chocolate, usando jeans Lee desbotado com um coração vermelho costurado no bumbum. O longo cabelo, mais claro nas pontas do que na raiz, está raspado do lado esquerdo, à la Skrillex, e ela tem o cheiro do próprio perfume (o terceiro dela, Nude, com notas de goiaba e sândalo). “Jack Daniels e ginger ale”, pede à garçonete. “Por favor.” É uma noite de sexta-feira em West Hollywood, no Laugh Factory. Dane Cook é a atração principal; homens usando camisa para fora da calça formam uma fila que dobra o quarteirão. Rihanna não tem nenhum motivo em particular para estar aqui – só está trabalhando muito e achou que poderia ser bom dar uma relaxada.

Frequentemente, quando quer fazer isso, ela vai para Koreatown e canta no karaokê com as amigas, toma doses de tequila Don Julio e massacra “Livin’ on a Prayer”, do Bon Jovi, ou alguma música mais antiga do No Doubt. Só que hoje Rihanna teve vontade de ir a um clube de comédia. Para ser sincero, hoje ela deveria estar ensaiando para a futura turnê mundial – mas acabou de contratar um novo diretor musical e ele ainda está ajustando a banda, então ela basicamente ficaria à toa – algo que a CEO de uma marca bilionária não faria.

Rihanna ainda não comeu, então folheia o menu e escolhe asinhas de frango apimentadas. Também pede ketchup à parte, mas a garçonete fica séria. “Desculpe”, diz, “mas não temos ketchup. Posso trazer outro molho?”

“Vocês não têm ketchup?”, pergunta. “Isso é tão estranho!” Só que ela não tem frescuras, então aceita ficar sem ketchup. As asinhas chegam e ela as devora. Talvez esteja um pouco chapada.

Para uma estrela, Rihanna é uma excelente espectadora. Ri de praticamente todas as piadas. Gosta de piadas sobre sexo, sobre corpo; de vez em quando, ri tanto que tem de se agarrar a algo – à mesa, ao joelho, ao braço do vizinho. Sua maior risada da noite vem quando outro comediante faz uma piada boba sobre ter o pênis do tamanho do buraco de um cereal matinal Froot Loops, e Rihanna praticamente morre. “Hahahahahahahaha!”, solta. “Froot Loops!” Ri tanto que literalmente cai para fora do camarote e, então, passa o minuto seguinte recuperando o fôlego e enxugando os olhos. Sua melhor amiga, Melissa, na fileira da frente, vira-se e olha para ela como quem diz “Fala sério!”.

Às vezes, as coisas ficam estranhas. Quando Dane Cook está no palco, faz uma piada sobre como garotas não devem enviar fotos de si mesmas nuas, porque é deselegante. Rihanna não ri (procure no Google para saber o porquê). Depois, ele fala sobre os usos inadequados da palavra estuprada (ex.: depois de comer um sanduíche), e ela também não ri. O comediante insiste no tema: “Rapazes, não importa o que vocês façam, não tentem bater sua namorada” – por um segundo, todo o ar desaparece da mesa, mas ele completa “em uma briga via mensagem de texto”, e ela começa a rir de novo. “Este cara é o pior!”, Rihanna diz, encantada.

Enquanto a apresentação vai terminando, Rihanna se levanta para sair antes de todos. Entra em um Escalade com motorista e se senta no banco de trás. Então, vai para uma boate em West Hollywood e passa a noite com Chris Brown.


Todo mês de novembro nos últimos quatro anos, Rihanna lançou um novo disco de sucesso. É uma tradição de fim de ano tão confiável quanto o Natal: as folhas caem, o futebol americano volta e o álbum de Rihanna vende 1 milhão de cópias. O mais recente, Unapologetic, foi o primeiro dela a chegar ao topo das paradas e, basicamente, foi gravado de última hora. “Nem planejávamos lançar um disco novo no ano passado”, Rihanna conta alguns dias depois. “Só que, depois de uns seis meses, fiquei com coceira para voltar ao estúdio. Para mim, fazer música é como comprar. Cada faixa é como um novo par de sapatos. Amo os que tenho, são lindos – mas o que há de novo?” (O ex-chefe dela, L.A. Reid, explica: “Ela não fica bem quando está ociosa”.)

Para Rihanna, gravar é o mesmo que comprar. Ela traz os magos da indústria (Dr. Luke aqui, The-Dream ali), eles passam algumas semanas montando alguns hits e ela chega e escolhe os preferidos. Seu gosto é certeiro. Os números são tão grandes que são quase entediantes: 12 singles no número 1 nos últimos anos; mais vendas digitais do que qualquer um na história (60 milhões para mais); 3 bilhões de acessos no YouTube. Ela dominou o espírito da época por meio de força e potência, implacável e incansável, uma Genghis Khan do Top 40.

Hoje, Rihanna está jantando em seu restaurante preferido, uma pequena cantina italiana chamada Giorgio Baldi. Ela vai lá provavelmente três vezes por semana: iria mais, mas o lugar fecha às segundas. Tem uma mesa cativa, e o garçom Marco sabe que ela ama parmesão e odeia trufas. Rihanna pede espaguete com molho de tomate praticamente toda vez e lulas fritas de entrada. A constância não a incomoda. Quando decide que gosta de uma coisa, aferra-se a isso – mesmo se não for perfeito, mesmo se houver outras opções.

Esta noite, Rihanna chegou duas horas atrasada, o que é algo comum. Quando chega, com sapatos Manolo Blahnik de US$ 700 e eau de marijuana, parece cansada. Não dorme há 40 horas. “Meu corpo é esquisito”, diz, abrindo o guardanapo. “Levanto com o sol nascendo e é difícil ir dormir. Meus pensamentos simplesmente tomam conta.” A caminho do restaurante, tirou o segundo cochilo do dia.

Rihanna se mudou para o bairro há poucos meses e estaria mentindo se dissesse que ficar mais perto da cantina não influenciou a decisão. Antes, morava em Beverly Hills, em uma casa da qual nunca gostou muito. “A piscina era um pesadelo”, conta. “Tinha o fundo azul-escuro – parecia um lago!”

As lulas chegam e começamos a conversar sobre o avião de Rihanna. Talvez você tenha ouvido falar dele: como parte da campanha de marketing para Unapologetic – sétimo disco da carreira –, ela fretou um Boeing 777 e voou para sete países em sete dias, com 250 fãs e repórteres a bordo. Tudo correu muito bem nas primeiras oito horas, até que os blogueiros que tinham ido esperando um evento glamouroso tiveram de passar horas na pista, sem poder tomar água nem ir ao banheiro. Questiono se ela chegou a acompanhar o drama online.


“Quê?”, pergunta, como se fosse a primeira vez em que estivesse ouvindo aquilo. “Sei que algumas pessoas ficaram irritadas, mas só mais para o final.”

Você não ouviu sobre o resto? Os jornalistas não conseguiram dormir, não havia comida, o cheiro era ruim... quase houve um tumulto!

“No avião? Imagina!”

Nesse caso, como foi para ela? “Ah, eu me diverti muito”, afirma. “A diversão nunca parava para mim. Amei cada minuto, e aquilo definitivamente chamou muita atenção para o álbum, o que era a intenção.”

De certa forma, essa viagem espelhou uma boa parte da vida de Rihanna recentemente: um fiasco de relações públicas altamente blogável que definitivamente chama muito a atenção. Fotos de topless no Instagram; autorretratos com um cigarro de maconha na boca; posts flertando no Twitter com o homem que a agrediu fisicamente. Rihanna diz que chamou seu disco de Unapologetic [Sem Remorso] como uma resposta a todos que se sentem assim, que acham que ela deveria ser um modelo de conduta melhor. “Nunca poderia dizer a uma menina de 10 anos para olhar para mim”, afirma hoje, “porque sei que não sou perfeita. Não era isso o que queria.”

O mentor dela, Jay-Z, diz que isso faz parte do crescimento. “Ela vai se lembrar de alguns desses momentos e pensar: ‘Por que eu falei aquilo?’”, ele diz, falando de modo geral, não especificamente. “Acho isso ótimo. A vida é assim. Vá fazer escolhas ruins, cometer erros. É muito mais empolgante do que se fosse um robô controlado.”

Ultimamente, a maior provocação de Rihanna tem sido a reconciliação com Chris Brown, que se refletiu na música e na vida real. O clipe de “We Found Love”, do ano passado, mostrava um sósia de Brown a agredindo dentro de um carro e era difícil de assistir; a capa do novo single, “Stay” – uma bela balada, também aparentemente sobre ele –, mostra os dois abraçados. Também há outra música nova, “Nobody’s Business”, um dueto desconcertantemente animado que defende o relacionamento.

De algumas formas, Rihanna é mais velha do que sua idade, e de outras, muito mais jovem. Ela escreve poemas sobre praias. Não pisa no hotel Chateau Marmont porque tem pavor de fantasmas (“Dá para sentir, cara”). Ainda está aprendendo a gostar de sushi e legumes e sabe exatamente uma frase em uma língua estrangeira (“‘Necesito un pene’ – procure essa depois”). Só que também consegue fazer piada de si mesma – como quando a conversa gira em torno de uma notícia de tabloide alegando que ela brigou com a amiga Katy Perry porque esta decidiu namorar John Mayer. “Katy Perry pode namorar quem quiser. Além disso, quem sou eu para falar qualquer coisa?”, ri. “Nunca poderia dar conselhos sobre relacionamentos a ninguém!”

Enquanto o garçom tira os pratos, Rihanna fala sobre o que quer fazer durante a turnê – como ficar em dia com Breaking Bad e continuar o curso de italiano que começou há dois anos (“Muita coisa rolando”). Conta sobre o presente que comprou para a filha de Jay-Z e Beyoncé – uma versão em miniatura da jaqueta que usou no X-Factor – e sobre querer ou não ter filhos um dia. “Claro que sim”, afirma, depois ri. “Mas adoraria poder encomendá-los.”


Pacific Palisades é o novo bairro da moda em Los Angeles – onde moram Steven Spielberg, Tom Hanks, Matt Damon, Ben Affleck e Jennifer Garner, Tom Brady e Gisele Bündchen. A casa de Rihanna – uma grande mansão rebuscada ao estilo dos vilões de James Bond, aninhada na lateral de um cânion como uma peça de um jogo de tabuleiro – é uma das menos discretas. Dois Escalades estão estacionados à entrada, com seguranças, e na garagem há um Jeep Wrangler preto e um Porsche prata conversível, ambos presentes de Jay-Z. Só que ela nunca dirigiu nenhum deles – ainda não tem carteira de habilitação (“Muita coisa rolando”).

Na mesa da cozinha, duas amigas e uma prima, todas de Barbados, estão comendo Froot Loops e conversando com forte sotaque caribenho. Parecem ser do tipo de garota que não leva desaforo para casa. Rihanna se junta a elas, trazendo um isqueiro e pegando uma cerveja na geladeira. Com elas, a sotaque caribenho dela ressurge. Uma delas, Melissa, é a melhor amiga de Rihanna desde que elas tinham 14 anos. “Ela me mostrou saltos altos, maquiagem, fazia meu cabelo, minhas unhas – ela tinha peitos e tudo o mais”, a cantora relembra. Mas nem Melissa tinha permissão de falar com a amiga sobre Brown.

Rihanna procura na cozinha um saco de Hills Hot Balls – um salgadinho de queijo apimentado típico de Barbados – e me conduz pelo foyer, passando por estátuas romanas, fotos de Bob Marley e um retrato de Marilyn Monroe com cristais Swarovski. Entra no quarto para pegar um casaco – comenta sobre a planta (artificial) no vaso, do tamanho de uma árvore de Natal, e a almofada com a estampa “Fuck You” – e vai para o pátio, onde se senta à beira da piscina. É de um azul-claro-etéreo. Conversamos um pouco e, quando pergunto o que ela fez na outra noite, responde que ficou “no estúdio com Chris” – de forma fria e casual, como se a informação não tivesse peso algum.

O reencontro deles é verdadeiramente moderno. Em maio de 2011, um começou a seguir o outro no Twitter novamente. Em fevereiro do ano passado, em seu 24º aniversário, Rihanna lançou um remix de sua música “Birthday Cake” com Brown. Em agosto, ela foi entrevistada por Oprah Winfrey e admitiu que ainda amava Brown; em outubro, ele soltou um comunicado à imprensa anunciando que tinha terminado com a namorada porque não queria vê-la magoada por causa da amizade dele com Rihanna. No dia depois do Natal, eles assistiram (perto um do outro) a um jogo de basquete e, na manhã de Ano Novo, ambos postaram no Instagram fotos tiradas na cama de Brown.

Quando conversamos para outra matéria, há dois anos, Rihanna lidou com a situação com Chris Brown com graciosidade e compostura. Não quis falar muito sobre o relacionamento, porque achava que não valia a pena, mas disse que ainda gostava dele e queria que ficasse bem (o oposto de Brown, que, no dia seguinte, no programa Good Morning America, ficou tão enfurecido com as perguntas sobre Rihanna que rasgou a camisa e jogou uma cadeira contra uma janela). Ela deixou claro que não queria voltar ou mesmo conversar com ele – mas não queria atrapalhar a carreira dele.

Então, o que mudou?

Encolhida, vestindo o enorme casaco, usando tênis Reebok vermelho e preto de cano alto, ela parece menor do que sua imagem pública, mais magra. Diz que ficou furiosa com Brown por muito tempo. “Queria que ele soubesse como era me perder”, afirma. “Que sentisse as consequências disso.” Pensava que nunca mais iria querer vê-lo depois do que ele fez. “Então, quando tudo voltou” – ou seja, o amor – “aquilo me acertou como uma tijolada. Tipo: ‘Deus deve estar de brincadeira agora’. Só que fui sincera comigo mesma e simplesmente não consegui enterrar o que sentia.”


Ela sabia que estaria se abrindo a todo tipo de crítica ao voltar com ele. “Decidi que, para mim, era mais importante ser feliz, e não deixaria a opinião de ninguém atrapalhar isso. Mesmo se for um erro, é um erro meu. Depois de ser atormentada por tantos anos, ficar com raiva e deprimida, prefiro simplesmente viver minha verdade e enfrentar os comentários negativos. Eu aguento.”

Eu pergunto se posso ser sincero. Não sou amigo dela nem finjo saber o que acontece na sua vida, mas, assim como muita gente, quando vi que os dois tinham voltado, fiquei bem chateado.

Ela balança a cabeça. Entende o que digo. “Quando você está de fora e une as peças, não é o quebra-cabeça mais bonito do mundo. As pessoas nos veem andando em algum lugar, dirigindo, no estúdio, na boate, e pensam que entendem. Só que é diferente agora. Não temos mais aquele tipo de briga. Conversamos sobre as coisas, damos valor um ao outro. Sabemos exatamente o que temos agora e não queremos perder isso.”

Claro, eu digo, mas também o vejo xingando e ameaçando as pessoas. Eu o vejo ficando com raiva e quebrando coisas, e penso: “Esse cara não mudou nada”.

Rihanna balança a cabeça novamente, fecha os olhos. “Sei que é o que parece, e isso não ajuda. Por muito tempo ele tinha muita raiva e achava que não conseguiria escapar dela, independentemente do que fizesse. Só que há tantos motivos para eu ter decidido voltar a tê-lo na minha vida. Ele não é o monstro que todos pensam, é uma pessoa boa, tem um coração fantástico, é generoso e amoroso, e também é divertido. É o que amo nele – sempre me faz rir. Tudo o que quero é rir, na verdade – e consigo isso com ele.”

Você sinceramente acha que ele mudou?

“Claro que todos têm uma opinião a respeito dele, por causa do que fez”, diz. “Isso sempre ficará. Só que ele cometeu um erro e pagou por isso. Pagou caro. Sei que é um ponto ao qual não quer voltar nunca, e às vezes as pessoas precisam de apoio e encorajamento, em vez de serem ridicularizadas, criticadas e agredidas.”

Sim, digo, mas você sabe que esse não é seu trabalho, certo? Você não precisa fazer isso.

Pela primeira vez, ela me olha fixamente. “Espera”, fala. “Você acha que estou aqui para reabilitar o Chris? Não, não, não”, afirma, agitada. “Não é meu objetivo. Acredite. Poderia ter feito isso desde o começo se achasse que esse era um trabalho meu. Meu trabalho era cuidar de mim mesma – e foi o que fiz. Não estaria aqui se não achasse que ele estivesse pronto.”

Falo que simplesmente me preocupo com ela.

“Eu sei.” Ela parece mais calma. “Entendo isso, e acredite – é ótimo saber que as pessoas se preocupam. Acho que simplesmente é algo que vai aparecer com o tempo. Não tenho como provar isso. Não há nada que possa dizer que vai te convencer, mas estamos ótimos, e não consigo imaginar voltarmos para aquela situação.”

E se um dia parecer que vocês estão voltando para aquela situação?

“Escuta. Vou te dizer: não tenho de aguentar. Se ele fizer isso de novo, olha só o que vou dar a ele: nada. Simplesmente vou embora. Ele não tem o luxo de estragar tudo outra vez. Não é uma opção. Não posso dizer que nada mais vai dar errado, mas tenho certeza de que ele tem nojo daquilo, e eu não teria chegado tão longe se pensasse que essa era uma possibilidade.”

Rihanna sabe o que as pessoas pensam – que ela é uma estatística, um clichê, ingênua, iludida, uma vítima clássica. Talvez elas estejam certas, mas isso não significa que ela seja covarde nem que confunda amor com fraqueza. “Nunca conseguiria me identificar com essa palavra, fraca”, afirma. “Não poderia ter saído dessa se fosse fraca. Nem pensar.”

Está esfriando agora, o sol se pôs. Entramos na casa, onde as garotas ainda estão conversando.

Alguns dias antes, no jantar, Rihanna me falou sobre a casa antiga dela, aquela com a piscina parecida com um lago, e como soube que havia chegado a hora de sair de lá. “Eram problemas demais”, ela contou. “Tinha vazamentos, muito mofo. Literalmente a cada duas semanas algo novo aparecia. Recebi tantos sinais claros de que deveria me livrar daquilo, e não me livrei. Não queria, eu realmente amava aquela casa. Pensei muito nela, no design, eu a tornei minha, mas ela chegou ao ponto de não ser nada habitável e precisei vendê-la.”

“Que ruim”, comentei. Eu nem pensei – simplesmente parecia a coisa certa a se dizer, mas ela parou e me olhou de um jeito que me deixou sem ar.

“Não”, ela respondeu firmemente. “Não foi ruim. Foi bom, porque eu queria fazer aquilo, mas não sabia se era o certo. Só que, quando fiz, pensei: ‘É isso aí. Que bom. Acabou’.”

Rihanna Chris Brown Unapologetic

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