Prestes a vir ao Brasil, Jamie Cullum fala de seu mix musical e sobre o próximo álbum
Por Patrícia Colombo
Publicado em 16/06/2011, às 10h39Incorporar jazz ao pop (ou pop ao jazz) não é tarefa fácil. "Normalmente, eles não ficam bem juntos. Leva tempo para entender e apreciar o jazz, e a música pop atinge em você instantaneamente, como um doce", diz Jamie Cullum, que chegou aos ouvidos do público justamente a partir dessa complexa mistura. Com cinco álbuns lançados (sendo o mais recente The Pursuit, de 2009), o britânico - que neste mês vem ao Brasil - promete material novo para este ano.
Argumentando não pensar muito na hora de fazer seu som dar certo ("Eu meio que tenho jazz e pop dos dois lados do meu cérebro, e apenas faço o que soa legal", justifica), Cullum conta que arregaçou as mangas em março para a elaboração do próximo disco de inéditas, ainda sem título. O trabalho se encontra em seu estágio inicial, sem um direcionamento temático, mas deve ser lançado até o final de 2011.
O artista, além do mix pop-jazz, é conhecido pelos covers plurais - que vão de George Gershwin a Radiohead. Mas ele prefere, por enquanto, diferenciar essas músicas de seu trabalho próprio: Cullum revela que é possível que lance as faixas autorais e as versões em formatos separados. "Mas posso acabar mudando de ideia. Estou me colocando propositalmente em uma posição desconfortável, porque quando você fica acomodado, acaba fazendo as mesmas coisas que fez antes", filosofa.