Documentário sobre turnê mundial de Jennifer Lopez mostra a relação obsessiva da cantora com o trabalho
THIAGO NEVES
Publicado em 21/10/2015, às 15h51 - Atualizado às 16h05Muito além de glamour e reconhecimento, o ofício de uma estrela pop é duro, complexo e desgastante. Uma das figuras mais influentes dentro da comunidade latina nos Estados Unidos, segundo a revista Forbes, Jennifer Lopez carrega consigo a responsabilidade da perfeição estética que a transformou em uma fábrica de hits e vendagem de discos. Entretanto, o produto final de cada novo projeto da artista tem um preço e, para Jennifer, o bom trabalho é construído a partir de uma profunda obsessão. O documentário Dance Again, que chega ao Brasil em DVD em novembro, registrou a turnê mundial homônima da artista, em 2012, e revela um lado pouco conhecido por trás da marca Jennifer Lopez: o da profissional extremamente dedicada ao trabalho, que, incansável, comanda equipes imensas como a CEO da própria carreira. “É a maneira como as coisas são para mim, porque estar no palco requer confiança. Para que eu possa desempenhar o meu melhor a cada noite, preciso estar segura sobre todo o resto do ambiente”, ela explica. Dance Again é, sobretudo, uma autópsia da indústria musical que projetou ao mundo a jovem nascida no Bronx, em Nova York. O diretor Ted Kenney se preocupou em descrever por meio do filme os efeitos da carreira no senso artístico de Jennifer. “Quando comecei, tinha uma percepção muito segmentada”, ela descreve. “A dança, o canto, o palco, todos esses fundamentos exigem um olhar exclusivo. Só que o grande desafio é unir esses aspectos em torno de um conceito, de uma única apresentação. Isso leva tempo, e é um processo de aprendizado.” Jennifer aprendeu bem: roubou a cena no único momento de destaque da mambembe cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, ao lado de Pitbull e Claudia Leitte. Mesmo acostumada a grandes eventos, a cantora continua a se surpreender, especialmente com o público. “É o mais interessante de uma turnê mundial. Tentar decifrar a recepção de cada plateia te deixa mais próxima daquilo que está sendo feito. Assim, outras possibilidades se apresentam. Os fãs são parte essencial do meu processo criativo.”