O vandalismo sofrido pela fauna e flora brasileira não deixa dúvidas: a maior ameaça ao homem ainda é o próprio homem
Por Mauricio Monteiro Filho Publicado em 11/01/2011, às 18h08
Em 2002, a convenção mundial da ONU, ratificada por governos e lideranças de todo o planeta, estabeleceu o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2010. Estamos, portanto, no limite desse prazo, que foi declarado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade. E a roleta russa que o progresso joga com o globo, depois de ter colcado em risco ou exterminado do mapa um número virtualmente incontável de espécies de plantas e animais, deixou uma só bala na agulha. Ela mira direto para a única dessas espécies dotada de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, ou seja, a única capaz de raciocinar: o homem. Segundo o professor Jean Paul Metzger, especialista em Ecologia de Paisagens do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, "a maior causa de extinção é a perda de habitat". E, em matéria de vandalizar a própria casa, nenhum animal irracional supera o ser humano. Expansão de monoculturas, consumo desenfreado, manipulação genética, poluição e desperdício de água, desmatamento e, o grande vilão do momento, o aquecimento global, encabeçam a lista de ameaças criadas pelo homem contra o homem. Qual será o Ano Internacional da Irracionalidade?
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