Novas bond girls refletem a respeito dos papéis femininos nos filmes do 007
Stella Rodrigues Publicado em 18/10/2012, às 10h46 - Atualizado em 26/10/2012, às 10h46
Em 50 anos de filmes de James Bond, acostumamo-nos a ver o agente secreto com os dedos em volta de um martini e, no braço, uma bela mulher. Se ela era aliada ou inimiga, apenas um corpinho bonito ou parte essencial da história, isso variou. Mas não há filme do 007 sem uma musa atuando como causa/solução dos problemas do herói mais charmoso do cinema.
Em 007 – Operação Skyfall, que chega aos cinemas neste mês, o Bond de Daniel Craig terá duas beldades por perto: Bérénice Marlohe e Naomie Harris. “Tivemos uma escala ampla de bond girls, algumas delas eram muito más, loucas, perigosas e com ótimo senso de humor”, reflete Bérénice, que particularmente é fã das malvadas histéricas. “Outras foram heroínas ou foram salvas pelo herói. Quando se trata delas, há uma palheta de cores muito abrangente.” Já Naomie não tem preferência, mas é do tipo que fica na ponta da cadeira com a estrada tortuosa que é o caráter de uma bond girl. “A parte mais legal é a forma como a gente está sempre tentando adivinhar se elas serão boazinhas ou não – o elemento-surpresa, como o que ocorre no final de 007 – Cassino Royale.”
A produção marca o primeiro encontro entre o diretor Sam Mendes e o agente 007. Com um currículo de obras focadas mais em roteiro e menos em gadgets, Mendes deve trazer um olhar interessante. “Sam também tem um ótimo senso de humor e ele gosta de trabalhar o psicológico dos personagens”, conta Bérénice. “É ótimo ter um filme de Bond com muita ação e glamour, as pessoas adoram isso, mas ao mesmo tempo ele percebe que uma ótima história começa com bons personagens e relacionamentos”, acrescenta Naomie.
Skyfall também conta com a volta de Craig ao papel-título, ator por quem as duas moças se desmancham em elogios. “Eu amo a forma como ele deixou Bond mais humano. Antes tínhamos esse personagem intocável, nada o atingia. Gosto da ideia do Bond mais frágil, porque aí tem mais em jogo, ele pode sim se ferir, não é sempre capaz de escapar de todas as situações”, analisa Naomie.
A fragilidade do protagonista é inversamente proporcional à de suas mulheres, que ocupam um espaço cada vez menos decorativo na franquia. “Conforme o tempo foi passando, mais elas se tornaram fortes, como os personagens masculinos”, diz Bérénice, que discorda de que havia machismo nos roteiros mais antigos. “O que faz uma bond girl é uma característica enigmática, misteriosa. Fisicamente, acho que precisa ser sedutora. Isso pode acontecer de várias formas. Ao longo dos anos, tanto o que é sedutor quanto os aspectos mentais delas mudaram”, define Naomie, que acrescenta sobre a capacidade das moças de saírem lindas de cenas de luta: “Isso faz parte. Ele mesmo apanha e sai de lá com o smoking impecável. É uma das coisas que vem mudando, ganhando mais realismo. Já não fica tudo tão imaculado o tempo todo”.
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