Sabrina Sato - Divulgação/Band

P&R - Sabrina Sato

Depois de dez anos fazendo rir no Pânico, apresentadora estreia como atriz de cinema

Stella Rodrigues Publicado em 16/07/2013, às 16h53 - Atualizado em 18/07/2013, às 15h39

Sabrina Sato ri o tempo inteiro. Gargalha ao lembrar que a razão de a ligação telefônica estar ruim é porque o celular “tomou outro tombo suicida” no dia anterior. Descontrola-se ao contar sobre a estreia no cinema, no filme O Concurso (estreia em 19 de julho), em que faz o papel de Martinha, atiradora de facas de um circo. E perde o fôlego ao contar do primeiro dia de filmagem, quando desequilibrou-se e caiu em cima do colega de cena. Entre uma risada e outra, a apresentadora do Pânico na Band relembrou a trajetória na televisão e o tempo em que já teve vontade de “fugir com o circo”.

Que achou de fazer cinema pela primeira vez?

Foi muito engraçado. É uma participação pequena, mas adorei, sempre tive vontade. É muito trabalhoso! Mas amo o que faço. Levo tudo assim, sem ser tão a sério, no cinema, na televisão. Foi muito bacana criar personagem, tive a ajuda do diretor [Pedro Vasconcelos] e do Rodrigo Pandolfo, que atua comigo. Na primeira cena que fizemos, já o derrubei no chão, caí em cima dele [risos].

Qual sua relação com a vida circense?

Eu gostava muito do circo, sempre que tinha em Penápolis eu ia. Já tive uma vontade de trabalhar no circo, acho essa vida incrível. Mas também penso que pode ser muito triste… a correria, as crianças não terem escola fixa, essas coisas. Quando fui fazer preparação, o diretor marcou aula com um atirador de facas profissional. A personagem é um pouco brava, é muito mandona.

Correu a notícia de que a Band quer te dar um programa individual. É verdade? Que tipo de trabalho você sonha em fazer depois do Pânico?

Eu também li, mas nunca me falaram disso. Dentro do Pânico, já faço tudo o que tenho vontade, todo tipo de matéria, muita coisa diferente. É um programa que está há dez anos no ar, o que é muito raro hoje. Sou muito feliz lá dentro, a gente faz tudo com muito amor. Não tenho essa pretensão neste momento. É óbvio que daqui a um tempo… mas não consigo pensar nisso agora. Sou muito otimista, acho que o Pânico só acaba quando a gente quiser. Tenho mil ideias, as possibilidades são infinitas. Adoro criar, adoro trabalhar na televisão, sempre sonhei com isso.

Ao mesmo tempo em que você é vaidosa, nunca perdeu a espontaneidade. Então o show business não te devorou?

É que eu tenho espelho em casa todo dia que acordo com aquela cara inchada! Sou muito vaidosa com roupa, maquiagem, mas não sou vaidosa com essa coisa de poder, de como devo me portar.

Já teve curiosidade de se procurar no Google para ver o que sai sobre você?

Só imagens! Para buscar referências. Não paro para pensar nisso, no que os outros estão pensando. Minha vida já me consome muito tempo! Mais faço do que penso, vou agindo naturalmente. Analiso muita coisa, sou muito de analisar, porque sou filha de dois psicólogos. Mas analiso as minhas atitudes. Para crescer, melhorar como pessoa, ser uma pessoa boa, melhorar espiritualmente. Tenho muito orgulho da minha trajetória, dos dez anos trabalhando no Pânico, de ter saído de um reality show. Nunca me envolvi em polêmica nenhuma. Eu acho que é só porque não tenho tempo mesmo.

Você não se cansa de ser um “mulherão”, de sempre ter o papel de seduzir?

Existem várias formas de fazer isso. A Martinha, por exemplo, não é exatamente sedutora, é outra personalidade. Ela vai para cima, quer do jeito dela e usa autoridade para isso. Acho que a mulher já ultrapassou tudo isso. Não tem mais isso de mulher-objeto, a gente está à frente. Até no meu próprio trabalho… não posso me fazer de vítima, não! Eu que tomo minhas decisões.

No começo, você falava sobre ser criticada pelas feministas. Como é hoje?

Tenho um bom relacionamento com as ativistas. Sempre me convidam para as coisas. Nunca conseguiria ser outra coisa que não mulher. Sou muito feminina – em todos os sentidos dessa palavra. Sou emotiva, sempre sigo o coração e sempre quero muito fazer o bem. A injustiça me faz chorar. Sempre estou do lado das mulheres! Eu vejo o homem como um igual. Mas aprendi muay thai caso precise dar uma porrada em um folgado.

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