Depois de se recuperar de um problema na garganta e arrasar no Grammy, a cantora planeja uma possível turnê
Steve Knopper Publicado em 09/03/2012, às 11h06 - Atualizado em 12/03/2012, às 12h59
Em janeiro, Adele tomou uma das decisões mais importantes de sua carreira: mesmo se recuperando de uma cirurgia que removeu um pólipo das cordas vocais, concordou em cantar seu maior sucesso, “Rolling in the Deep”, no Grammy. Depois da morte de Whitney Houston, 40 milhões de pessoas sintonizaram para assistir à cerimônia no dia 12 de fevereiro, a maior audiência desde 1984. A performance brilhante de Adele roubou o show, levando 730 mil fãs a comprar o álbum 21 na semana seguinte, batendo um recorde. “O que aconteceu com a Whitney certamente acrescentou ainda mais relevância àquela noite, mas para nós foi como realizar um sonho”, conta o empresário da cantora, Jonathan Dickins. “Adele é talentosa naturalmente, mas ficou nervosa. É preciso ter coragem e personalidade para voltar a cantar em público, depois de cinco meses parada, justo no Grammy.”
Até pouco tempo atrás, Adele planejava passar 2012 parada. No ano passado, ela cancelou uma turnê por causa do problema vocal. Mas agora o empresário dela diz que uma turnê ainda pode ocorrer neste ano, dependendo da saúde dela. “Ela amou as turnês que fez”, diz Dickins. “Ao mesmo tempo, queremos nos certificar que podemos fazer isso da maneira apropriada.” O Dr. Steven Zeitels, especialista da Universidade de Harvard que conduziu a cirurgia em novembro, acrescenta: “Pelo que vi até agora, a escolha é dela. Suas cordas vocais não vão atrapalhar”.
Mas Dickins alerta que isso não significa que a cantora esteja pronta para excursionar. “[No Grammy] foi apenas uma música, uma vez só”, ele diz. “Não é o mesmo que cantar por uma hora e meia, quatro vezes por semana. Existe uma grande diferença. Ainda temos de ser cuidadosos.”
Em uma era em que discos quase nunca vendem 700 mil cópias e mesmo as maiores estrelas, de Lady Gaga a Coldplay, tendem a cair fora das paradas rapidamente, o trabalho de Adele pode ser considerado extraordinário. Desde o lançamento, 21 já passou a marca de 7,3 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos, 220 mil no Brasil, rendeu três singles no número 1 das paradas e seis prêmios Grammy. E como ela conseguiu tudo isso? Uma das principais explicações é que sua música conseguiu atingir todos os tipos de estações de rádio. “A indústria estaria em uma situação bem melhor se encontrássemos mais dez artistas como ela”, diz Scott Greer, vice-presidente sênior da Columbia Records, da Sony, cuja equipe planejou a campanha de marketing que culminou com a apresentação no Grammy.
A gravadora tem ainda mais um single de 21: “Rumour Has It”. Depois? “Ela está livre para fazer o que bem entender”, diz Rick Rubin, que produziu cinco músicas do disco. “Ela é boa porque só faz o que a motiva. O que, acredito, assegura que o que quer que ela faça daqui para a frente será realmente bom.”
Andrea Bocelli ganha documentário sobre carreira e vida pessoal
Janis Joplin no Brasil: Apenas uma Beatnik de Volta à Estrada
Bonecos colecionáveis: 13 opções incríveis para presentear no Natal
Adicionados recentemente: 5 produções para assistir no Prime Video
As últimas confissões de Kurt Cobain [Arquivo RS]
Violões, ukuleles, guitarras e baixos: 12 instrumentos musicais que vão te conquistar