Músico fala sobre o primeiro disco e analisa a explosão da música do Pará
Bruna Veloso Publicado em 13/04/2012, às 15h41 - Atualizado às 15h41
De compositor a intérprete
“O processo foi longo, mas natural. Comecei a compor e a participar de festivais de música muito novo, com 16 anos. Dessa fase adolescente nasceram as primeiras composições, que chegaram a sair no disco Banquete, cantado por outros intérpretes.”
A produção de André Abujamra em Kitch Pop Cult
“Meu amigo DJ Patrick Torquato entrou em contato com o André, que topou de cara. Ele foi para Belém, produzimos juntos muita coisa lá. Depois, voltou para Curitiba e trabalhou sozinho, enquanto conversávamos via Twitter.”
O conceito
“É essa viagem, tentar fazer vanguarda com uma música que é tradicionalmente o contrário de vanguarda. Eu queria brincar com isso.”
A importância do pai, o músico Manuel Cordeiro
“Ele produziu, acho, quase 100% da lambada. O que ficou famoso no Brasil foi o Beto Barbosa, mas teve também Alípio Martins, uma turma forte. É uma influência total, não é à toa que eu o chamei para tocar comigo. Este disco é dedicado a ele.”
O Pará no centro das atenções
“O Brasil mudou. O país sempre teve noções de identidade cultural muito centralizadas em um eixo clássico, mas dos anos 90 para cá houve uma necessidade do país mergulhar em si mesmo. O Pará está na moda, mas a tendência é que ele se incorpore à identidade nacional. Mais do que uma mistura de ritmos, o grande atrativo da música paraense é que ela aponta para o sentimento de tolerância.”
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