Cantora fala sobre o novo disco, Idilio, que é denso e tem inspirações visuais
Marcos Lauro Publicado em 09/03/2012, às 11h02 - Atualizado em 12/03/2012, às 13h00
Música e fotografia
“Depois de gravar boa parte do disco [Idilio], me distanciei. Acho que eu preciso desse respiro. Fui para Nova York fazer um curso de fotografia. Por enquanto, nada muito profissional. Uso a fotografia para mim e para minha música. Eu enxergo muitos sons em cores. Tanto que quando liguei para o [percussionista do Nação Zumbi] Pupillo, falei: ‘Preciso das suas cores!’”
“Assum Preto” a partir de um cenário
“Já no fim das gravações, com o período do estúdio vencendo, resolvi gravar ‘Assum Preto’ [de Luiz Gonzaga]. Passei um cenário para meus músicos: fim de tarde no sertão, chão seco, terra ‘craquelada’, céu avermelhado, o silêncio e, no meio do nada, o assum preto. Gravamos a música no primeiro take e foi um dos momentos mais mágicos do disco.”
Controle total sobre a obra
“Eu acredito na minha concepção e na minha estética. Faço coisas que tenho vontade, mas sempre com muita autocrítica. Por mais que a arte seja soberana e tenha seu próprio tempo, é o meu trabalho. E tudo nele tem um link e uma explicação, tudo é consciente: a capa do CD, a escolha do repertório...”
Denso Idilio
“O disco novo tem cores mais densas. Acho que isso é preciso para poder explicar outras coisas da vida. É falso quando apresentamos só um lado da palheta de cores. E para cantar é preciso viver. Estou contente com o disco: andei mais, vivi mais... então, tenho mais para cantar.”
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