Reacendendo o Rock and Roll

Com apenas dois instrumentos, o Royal Blood tem Jimmy Page e Foo Fighters entre seus fãs

David Fricke

Publicado em 07/08/2015, às 15h15 - Atualizado em 12/08/2015, às 17h02
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Kerr (à esq.) e Thatcher - Chad Griffith

Fundado em 2012, o Royal Blood está acostumado a elogios vindos dos altos escalões, incluindo o radialista Howard Stern, que diz que a dupla é uma de suas bandas preferidas no momento. Além disso, Dave Grohl os convidou para abrir uma série de shows do Foo Fighters e o ex-guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page, é um fã ardoroso. Ele viu o primeiro show do Royal Blood em Nova York, em maio de 2014. “Fiquei realmente empolgado em ver os dois rapazes tocando com essa energia cheia de conexão”, disse.

Amigos desde a adolescência, Mike Kerr, de 25 anos, e Ben Thatcher, de 27, souberam que eram muito bons já no primeiro show, realizado em uma festa em Worthing, cidade natal de Kerr, no litoral sul da Inglaterra, para comemorar o retorno dele após um período de nove meses na Austrália. Thatcher, baterista, foi buscá-lo no aeroporto. No carro, Kerr tocou demos de ri s de contrabaixo que havia escrito durante a viagem. “Falei: ‘Cara, precisamos tocar isso’”, conta Thatcher, filho de um pastor da cidade vizinha, Rustington. “Entramos no lavabo de um amigo e compusemos quatro músicas, que tocamos naquela noite”, diz Kerr, que sabia que teria trabalho com o baixo assim que eles decidiram que aquela seria uma banda de apenas duas pessoas. Ele, que antes planejava uma carreira como chef, compara a abordagem a um popular reality gastronômico da BBC, o Ready Steady Cook. “Foi um pouco assim: estes são os ingredientes. Preciso fazer um banquete com o que tenho.” O duo já começou a compor um novo álbum, mas a base para a apresentação no Rio de Janeiro será o disco de estreia, Royal Blood (2014).

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