Rob Sheffield | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 08/11/2013, às 08h57 - Atualizado em 14/03/2014, às 14h43
A parte mais engraçada da estreia da temporada atual de Homeland (exibida pelo canal pago FX) foi quando Carrie (Claire Danes) teve uma crise de histeria ao telefone, e Saul (Mandy Patinkin) disse: “Calma”. Sério, meu amigo, só agora você diz isso? Homeland saiu tanto dos trilhos na temporada passada que fica até difícil imaginar se ainda existe um trilho para o qual a série possa voltar.
Como a paranoia com a segurança dos Estados Unidos nos anos 2000, a série sobre a CIA teve uma ascensão vertiginosa e, logo de cara, tornou-se tão obrigatória que ninguém ousava sequer discordar. Mas, quando o público começou a se dar conta das bobagens do enredo, já era tarde – agora já estamos todos viciados. No lento começo da terceira temporada, o país está atordoado pelo ataque ao quartel-general da agência (maldita falta de segurança! Quando vamos ter a vigilância constante do governo que nossos cidadãos exigem?). Saul sai à caça de Brody, o soldado renegado e convertido em terrorista que Carrie perseguiu tanto... que os dois acabaram na cama juntos. A filha de Brody continua com os irritantes problemas adolescentes dela. E Carrie testemunha perante uma investigação do Senado, com o queixo e o lábio tremido que já são suas marcas registradas. Por que diabos alguém deixaria essa pirada falar?
O que Homeland precisa é de uma injeção de adrenalina dramática o quanto antes – caso contrário, Carrie e Saul têm tudo para cair no novelão de espião estilo comédia.
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