Redação Publicado em 20/12/2013, às 14h02 - Atualizado às 14h07
Com esta faixa, na década de 90, Reginaldo Rossi conseguiu transpor a barreira das distâncias e se transformou em sucesso no sudeste e sul do país. Um clássico, encharcado de versos bregas, como as confissões de um bêbado comum. Esse era o segredo de Reginaldo Rossi. Ele poderia ser qualquer um, eu ou você, sofrendo de desamor e solidão.
Reginaldo criou este clássico se baseando na fábula homônima. Mas, nos versos dele, a inocência de uma pobre raposa que tenta, sem sucesso, conseguir colher um cacho de uvas, é trocada por frases cheias de tensão sexual e outras nostalgicamente inocentes. “Eu era a raposa / Você era as uvas / Eu sempre querendo / Teu beijo roubar”.
O coração sofrido de Reginaldo foi maltratado com o passar do tempo. Aqui temos um exemplo de como ele gostava desse “amor bandido”. “Ficava sussurrando junto ao meu ouvido / Mentiras misturadas com o seu gemido / E eu acreditava na sua palavra / Leviana!”, canta ele.
A tensão sexual estava sempre presente nas letras do Rei do Brega. O ano era 1972 e Rossi cantava versos como “com esse jeito de menina / e esse gosto de mulher” e “nesse corpo meigo e tão pequeno / há uma espécie de veneno / bem gostoso de provar”.
O amor de Reginaldo também se dedicou ao Recife, capital pernambucana onde ele nasceu, viveu e morreu. As características da cidade exaltadas por ele, é claro, ainda seguem aquele padrão dele, meio safado: “muita cachaça e muita mulher”.
O romantismo de Rossi tinha muitas facetas, das mais sacanas às mais inocentemente românticas. Esta aqui, “A Volta”, faz parte do lado bom moço do cancioneiro do Rei do Brega.
O lado cafajeste volta com tudo nesta canção que embalou muitos relacionamentos turbulentos ao longo das décadas.
A primeira música do LP de estreia de Rossi, homônimo, lançado em 1966, não tinha ainda aqueles versos mais sacanas. O romantismo dele, contudo, já trazia uma certa amargura, como é possível ver aqui.
Em 1980, Reginaldo lançou o clássico disco A Volta, o primeiro pela gravadora EMI. O álbum, além da faixa título, já citada por aqui, inovava na linguagem do brega e homenageava uma musa jovem.
Construída nos mesmos moldes de “Garçom”, este foi o último grande sucesso de Rossi. Tudo o que gostamos nele está presente: corações partidos, traições, porres gigantescos e uma mulher fatal.
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