Chester Bennington se consagrou como o vocalista do Linkin Park e, também, como uma das vozes mais marcantes entre os artistas que construíram o cenário roqueiro dos anos 2000
Redação/Rolling Stone EUA Publicado em 20/07/2017, às 19h27 - Atualizado às 19h28
Chester Bennington se consagrou como o vocalista do Linkin Park e, também, como uma das vozes mais marcantes entre os artistas que construíram o cenário roqueiro dos anos 2000. O músico, que morreu aos 41 anos, foi além das fronteiras do rock, para se aventurar em hits com elementos de rap (ao lado do também vocalista Mike Shinoda) e de música eletrônica, construindo uma identidade única para a banda.
A seguir, veja 10 músicas que relembram o potencial vocal de Bennington.
"One Step Closer"
Originalmente conhecido como “Plaster”, o primeiro single do disco de estreia do Linkin Park, Hybrid Theory (2000), é repleto de riffs robustos e elementos eletrônicos. Os vocais carregados de emoção de Bennington atingem graves (em “I’m one step closer to the edge, and I’m about to break”) e agudos (em “shut up when I’m talking to you”) impressionantes durante o percurso.
“Crawling”, também de Hybrid Theory (2000), foi uma das primeiras músicas a trazer grande reconhecimento ao Linkin Park. A faixa rendeu um Grammy de Melhor Performance de Hard Rock ao grupo em 2002.
"Faint"
"Don't turn your back on me, I won't be ignored!", clama Bennington entre as rimas de Mike Shinoda, em “Faint”. A música, outra de Meteora (2003), também ganhou um remix em Collision Course, EP do Linkin Park com Jay-Z. Quando a canção chega no minuto 1:45, Bennington parece liberar todos os demônios em um dos berros mais memoráveis da carreira dele.
"Numb"
“Numb”, que integra o sucessor de Hybrid Theory, Meteora (2003), também se consagrou como um dos maiores hits do Linkin Park. Em 2004, ela ganhou uma nova versão ao ser remixada com “Encore”, faixa do rapper Jay-Z, no celebrado EP Collision Course. É talvez a melodia vocal mais memorável criada por Bennington (ao lado de "In the End").
Bennington carrega os vocais cheios de intensidade para pedir: "Put me out of my misery", em "Given Up". A canção saiu em Minutes to Midnight (2007), o terceiro disco de estúdio do Linkin Park.
"No More Sorrow", também de Minutes to Midnight, é outra prova da potência que o vocal de Bennington poderia alcançar. É verdade que o som do Linkin Park foi ficando mais mole ao longo dos anos,
mas músicas como esta continuaram atualizando a ira dos dois primeiros álbuns do grupo. Em entrevista à revista Kerrang!, o baterista Rob Bourdon chegou a comentar que esta é a faixa "mais pesada" do terceiro LP do Linkin Park.
"The Catalyst", faixa de A Thousand Suns (2010), o quarto disco do Linkin Park, é um híbrido de rap, EDM, pop e vocais emotivos. Aqui, Bennington caminha na linha fina entre a melodia e a brutalidade: um exemplo da polivalência do vocalista, cujas virtudes não eram restritas aos gritos e guturais.
Em "Blackout", de A Thousand Suns (2010), os gritos de Bennington são intercalados por versos de rap – a clássica química do Linkin Park –, só que, desta vez, são cantados pelo próprio vocalista, e não pelo colega de banda, Shinoda. É o momento isolado em que Bennington incorpora a dinâmica vocal de toda a banda.
Ao longo dos anos, Bennington passou a pegar mais leve em termos de intensidade no canto. O refrão de "Victimized", de Living Things, o quinto álbum do Linkin Park, de 2012, é uma lembrança de que ele ainda tinha fúria para oferecer.
Bennington volta novamente a evocar agudos impossíveis para um refrão em "Mark the Graves", canção de The Hunting Party, penúltimo disco do Linkin Park, lançado em 2014. Ele cantava alto -- em todos os sentidos.
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