Com cinco discos na bagagem, Interpol comemora turnê com as “melhores apresentações da carreira”
Lucas Brêda Publicado em 17/03/2015, às 16h32 - Atualizado em 24/03/2015, às 10h31
“Nunca tive o interpol como algo tão garantido”, admite o guitarrista da banda, Daniel Kessler. “Não tenho essa certeza de que sempre vamos ter algo novo.” Nos últimos anos, o grupo viveu momentos de dúvida, principalmente após o morno lançamento de Interpol (2010) e da saída do baixista Carlos Dengler, pouco antes de o disco ser oficialmente finalizado.
No ano passado, contudo, o grupo se reuniu em estúdio, pela primeira vez como trio – com o vocalista Paul Banks assumindo o baixo –, para gravar El Pintor, incensado como o melhor trabalho desde a estreia deles, Turn On The Brights Lights (2002). “Não foi algo que planejamos, e essa é a melhor parte”, conta Kessler sobre a adição de Banks ao baixo. “Basicamente, ele pegou o instrumento para ensaiar – estávamos só nós dois – e fizemos duas partes que se tornaram mais ou menos [a faixa] ‘My Desire’. Para mim, quando isso acontece dessa maneira [espontânea], é estimulante. É o motivo de eu estar fazendo isso.”
Para o show no Lollapalooza, o Interpol volta ao Brasil após quase quatro anos “podendo agora tocar com cinco discos na bagagem”, como comemora Kessler. Ele afirma ainda que a banda está fazendo “alguns dos melhores shows da carreira” na atual turnê. “Não temos um palco gigante, com configuração elaborada. Só tentamos subir ao palco e fazer daquele momento algo único para nós e para a plateia.”
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