Redação
Publicado em 03/07/2013, às 20h41 - Atualizado às 20h55O Hole entrou em inanição há pouco, em 2012, mas a formação que gravou o disco Celebrity Skin (1998), que rendeu três indicações ao Grammy para o grupo, já não existe há 15 anos, quando a baterista Patty Schemel deixou a banda. A baixista Melissa Auf der Maur saiu do grupo no ano seguinte, em 1999, e o guitarrista Eric Erlandson abandonou o barco capitaneado por Courtney Love em 2002. Atualmente, a viúva de Kurt Cobain segue em carreira solo, e diz que não tem nenhuma intenção de se reunir aos antigos companheiros (ela afirma, inclusive, que já recebeu propostas para isso). Mas em 2012, os quatro tocaram algumas músicas juntos em um evento de estreia do documentário Hit So Hard, sobre Patty. E só.
O Supergrass chegou ao fim em 2010 e deixou os fãs da banda com água na boca. Explico: a banda decidiu se separar logo depois de anunciar um novo álbum, na época chamado Release the Drones, que mostraria influências de bandas de rock alemão, drone music e os integrantes trocando de instrumentos. Ficou para próxima – se houver uma.
Talvez até mesmo quem não é fã de rock and roll gostaria que o Zeppelin voltasse. Eles são, afinal, uma instituição da música em geral. Depois do retorno em 2007, quando fizeram um show na lotada O2 Arena, em homenagem a Ahmet Ertegun, o icônico chefe da Atlantic Records que assinou com a banda em 1968, muito se especulou sobre uma possível turnê. E nada aconteceu. No ano passado, uma nova chama de esperança se acendeu no coração dos fãs, quando a mesma apresentação em Londres foi lançada em DVD. O vocalista Robert Plant disse estar ocupado em 2013, mas deu a entender que estaria disposto no ano seguinte. Desta vez, contudo, o problema pode ser a agenda do baixista John Paul Jones, que estará ocupada com a ópera na qual ele está trabalhando.
Chegamos aos primeiros brasileiros da lista – e não são muitos. Os Los Hermanos são tão amados por seus fãs quanto odiados por detratores e haters, mas a força do público da banda carioca é tão grande que a última reunião deles, para uma série de shows em 2011, teve todos os ingressos esgotados em questão de horas. Como Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina nunca decretam o fim oficial, ainda é possível ter esperança. Mais difícil, contudo, é a chance de eles gravarem um novo disco juntos.
O Brasil foi palco do último show da carreira trintona do Sonic Youth, banda ícone do rock alternativo e experimental norte-americano. Foi durante o festival SWU, em 2011, debaixo de chuva (leia mais aqui). Após a separação do casal Thurston Moore e Kim Gordon, a banda se desfez e cada um foi para o seu canto. Quem sabe o amor entre eles não volta? Ou, pelo menos, eles aceitam partilhar a banda de novo?
O espírito roqueiro exalava desse quarteto de garotas que, de 1990 a 1997, danificaram amplificadores e fones de ouvido com um punk cheio de distorção e gritos raivosos. Foram três discos nesse período, Revolution Girl Style Now! (1991), Pussy Whipped (1993) e Reject All American (1996), mas a banda, precursora do movimento riot grrrl, chegou ao fim. De uma maneira ou de outra, elas se mantiveram envolvidas com a música (a vocalista Kathleen Hanna fundou o Le Tigre) e bem que poderiam se juntar mais uma vez.
Com seis vitórias no Grammy e 25 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo, o Outkast é outro desses desperdícios musicais que não deveriam ter parado. A banda entrou em um hiato em 2007 e, até agora, não há esboço de um retorno. Andre 3000 chegou a escrever um comunicado recentemente para explicar que o Outkast não estava de volta, mesmo que Big Boi (outra metade da banda) e ele tivessem participado do remix da música “Pink Matter”, de Frank Ocean.
Aparentemente, Jack White deixou de querer ter apenas uma bateria para acompanhar os vigorosos e blueseiros solos de guitarra. Ele e Meg White mantiveram o White Stripes vivo de 1997 a 2011, mas a banda em seguida debandou. O que não falta são projetos para Jack, então é improvável que ele encontre um tempo livre para voltar com o Stripes. Mas não custa torcer, certo?
Capa da edição de 10 de julho de 1997 da Rolling Stone EUA, o quinteto de cantoras foi a resposta às boy bands que dominavam o mercado e caiu nas graças dos jovens. A Inglaterra voltava ao mapa do pop e as Spice Girls se tornaram símbolo do movimento Cool Britannia, que visava mostrar uma face rejuvenescida do Reino Unido. O quinteto se desfez em 2000, juntou-se em 2007, mas separou-se no ano seguinte. Em 2012, elas participaram da cerimônia de encerramento das Olimpíadas, em Londres, e chegou-se a cogitar um novo retorno. A ideia, contudo, nunca foi adiante (o boato é de que o entrave é Victoria Beckham, a Posh Spice, que não teria vontade de voltar à carreira musical).
Outra banda do movimento britpop que não sobreviveu aos anos 2000. O Verve teve um total de três rompimentos, desde a criação da banda, no início da década de 90.O último término foi em 2010 e o vocalista Richard Ashcroft afirmou por aí que era, mesmo, o fim. Será?
Impossível esquecer o Oasis nesta lista. A maior banda a surgir no rock inglês nos anos 90 precisa voltar não apenas porque deixou uma grande quantidade de fãs chateados com o término de 2009, ou muito menos porque os discos das novas bandas de Liam e Noel Gallagher, apesar de bons, não tiveram tanto impacto. O Oasis precisa voltar para que acabem as manchetes sobre rumores de um possível retorno.
Tudo bem, o Kinks nunca foi popular como os Beatles ou os Rolling Stones – fãs mais exaltados dizem que foi preconceito contra a dentição pouco bela do vocalista Ray Davies. O fato é que desde 1996 os irmãos Ray e Dave Davies não tocam juntos. O grupo que apareceu na cena em 1964, com “You Really Got Me”, tem hits de monte para alguns shows. Dave sofreu um derrame, em 2004, e o baixista Pete Quaife morreu seis anos depois. A formação original já não seria possível, mas o reencontro dos irmãos já seria bom o suficiente.
Os projetos próprios de Carl Bârat e Pete Doherty não chegam perto da inovação de estética musical criada pelo Libertines. Torcemos para que eles voltem, sim, mas que peguem leve dessa vez: os dois, quando se juntam, enfiam o pé na jaca e tememos que um dos dois não sobreviva a mais uma temporada de exageros.
David Byrne e os outros integrantes do Talking Heads não falavam a mesma língua musical desde os anos 80. Acabaram anunciando a separação em 1991. Depois disso, eles se encontraram sobre o mesmo palco somente em 2002, na cerimônia de indicação do Hall da Fama do Rock and Roll. Eles conversaram, e chegaram a aparecer rumores de um retorno. Onze anos se passaram e nada.
O Hüsker Dü é uma daquelas bandas que todos sabem que não atingiu o máximo que poderia em popularidade, mas ninguém consegue explicar direito o motivo. A discografia do grupo formou um dos grandes pilares para a construção do grunge, do rock alternativo e do hardcore. Do trio, o guitarrista e vocalista Bob Mould é quem goza de mais prestígio atualmente, mas todos se mantêm na música. Mould negou uma reunião integral da banda, mas não falou nada sobre a possibilidade de shows festivos.
O que impede de Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce de se juntarem em torno do Smiths? A relação entre eles nunca foi muito boa. Não por acaso a banda durou apenas cinco anos. Mas os quatro álbuns lançados entre 1984 a 1987 marcaram gerações de adolescentes de corações partidos e mantêm o nome da banda vivo até hoje. Marr e Morrissey andam com seus projetos próprios e não parecem nada interessados em uma reunião.
O grupo que revelou Wyclef Jean, Lauryn Hill e Pras Michel tinha uma sonoridade única e foi o primeiro a fazer sucesso com o encontro do R&B, hip-hop e ritmos caribenhos. Juntos, eles lançaram dois discos, Blunted on Reality (1994) e The Score (1996). Wyclef e Lauryn, principalmente, se deram tão bem sozinhos que é difícil imaginá-los de volta ao Fugees.
Note que o título é de bandas que gostaríamos que voltassem e não que certamente irão se reunir. Infelizmente, o Ira! é um desses casos. A história do fim da banda varia entre facadas e pancadas com um taco de beisebol, cheia de fábulas e (algumas?) verdades. O fim, segundo o guitarrista Scandurra, começou com a desavença entre o vocalista Nasi e o irmão do dele, Airton Junior. O líder do grupo saiu do Ira!, que se tornou um trio formado por Scandurra, Ricardo Gaspa e André Jung. A nova banda também não funcionou e cada um seguiu seu rumo sozinho.
Sting, Andy Summers e Stewart Copeland já fizeram uma gigantesca turnê de reunião, entre os anos 2007 e 2008, mas o último disco de estúdio deles saiu há 30 anos - o clássico Synchronicity, que tinha o hit “Every Breath You Take”. Depois desse tempo todo experimentando sonoridades separadamente, um álbum com a união do trio certamente cairia muito bem.
Essa talvez seja mais difícil do que conseguir colocar os remanescentes do Led Zeppelin em um palco de novo. Mas quem não gostaria de vê-los em ação, para valer? David Gilmour já disse claramente que não tem interesse em se juntar ao difícil de lidar Roger Waters. A reunião poderia acontecer em alguma atividade festiva, como uma apresentação beneficente ou em aparições esporádicas, como quando Gilmour e o baterista Nick Mason subiram ao palco de Waters na O2 Arena, em Londres, em 2011, para executar “Comfortably Numb”.