Disco do Vespas Mandarinas traz participações e ideias variadas
Lucas Brêda Publicado em 15/03/2017, às 20h10 - Atualizado às 20h17
“Esse disco eu toquei para minha mãe, uma pessoa ‘desintoxicada’ das coisas que temos como padrão de qualidade musical”, conta Chuck Hipolitho, metade da banda paulistana Vespas Mandarinas, sobre o próximo LP do grupo, Daqui pro Futuro, com lançamento previsto para março. “Ela falou: ‘Que legal, parece que eu já conhecia as músicas. É o melhor disco que você já gravou’. Mostrei para o meu irmão, um ‘punkzinho’ de 20 e poucos anos, e ele também gostou. Para conseguir conversar com esses dois públicos, você tem que ter coragem, senão acaba ficando enlatado.”
Não é de hoje que o Vespas Mandarinas explora uma vertente acessível do rock (o primeiro disco, Animal Nacional, de 2013, até teve alguns de seus singles tocados em estações de rádio pelo país) e o novo álbum chega mantendo o apelo, mas agora muito mais abrangente e com abordagem renovada. Daqui pro Futuro traz uma vasta gama de colaboradores – são mais de 30 – e sonoridades, com teclados, sopros e cordas, entre outros, incrementando o rock direto da dupla.
Para Thadeu Meneghini, a outra metade do Vespas, o duo estava “aberto às possibilidades que o universo ofereceu”. “Não queríamos que fosse aquela coisa quadrada”, explica. “A gente trabalha com canção. O diferencial não foi a composição, mas sim a instrumentação, o arranjo, o modo de traduzir aquela canção.”
Meneghini define a produção como um “buraco negro” pelo caráter aglutinador, tanto de ideias quanto de pessoas. Muita gente, de Edgard Scandurra (Ira!) a Tagore, passando por PJ (Jota Quest), Leoni, Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio), Marcelo Yuka, Samuel Rosa (Skank) e Lino Krizz (atual backing vocal do Racionais MC’s), deu algum tipo de colaboração. “Levamos esse disco sem restrições criativas”, diz Hipolitho. “Essas pessoas colocaram a marca delas, às vezes nem foi questão de técnica, foi a vibração mesmo.”
Menos ortodoxo e com mais ideias, o Vespas Mandarinas admite que o trabalho deve gerar reações variadas, tendo em vista a recepção da faixa-título e primeiro single (cujo clipe foi produzido pelo magnata do funk no YouTube, KondZilla). “Essa coisa de ser uma banda de rock popular está no nosso DNA”, reforça Meneghini. “É assim: se o Faustão chamar para fazer playback, a gente vai.”
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