Protagonizada por Fiorella Mattheis, série analisa a vida noturna da icônica Rua Augusta, em São Paulo
Caio Delcolli Publicado em 15/03/2018, às 17h59 - Atualizado às 18h10
Em uma casa de striptease em São Paulo, Mika dança em volta de uma barra e usa uma peruca preta de corte chanel, como uma espécie de dominatrix gótica. A cena dá o tom de Rua Augusta, a primeira série brasileira original da TNT, produzida com a O2.
Vivida por Fiorella Mattheis, a personagem principal é uma garota de 25 anos cuja origem é um mistério. “O passado dela é muito pesado e ela tenta esconder isso”, diz a atriz sobre a primeira protagonista da carreira dela. “Conforme a série se desenvolve, a Mika mostra suas dores, seus segredos, vai se revelando.”
Fiorella mergulhou em um processo de preparação tão complexo quanto a personagem. “As cenas de strip são só 10% do que realmente acontece. A história da Mika vai muito além disso”, contou. Nascida em Petrópolis, Rio de Janeiro, a atriz estudou o sotaque paulistano e começou a praticar pole dance. Ensaiou por semanas com o elenco e diretores e ainda visitou casas noturnas da Augusta para conversar com as strippers.
“Essa rua é fascinante, porque ela junta todo tipo de gente”, conta Pedro Morelli, diretor de seis dos 12 episódios. “Ao mesmo tempo que tem o cara saindo da balada, tem o outro indo trabalhar, tem o advogado de terno, a prostituta. A série tem muitas cenas noturnas, com uma galera que acorda ao meio-dia e fica no trabalho até as 5h. Ela tem um fuso horário próprio.”
No episódio piloto, o enredo começa a se desdobrar a partir de um ataque sofrido por Mika. A garota é ferida por um desconhecido (Rafael Dib) em uma boate, o que afeta a rede de personagens ao redor dela. Alex (Lourinelson Vladimir), dono do estabelecimento, permite que os seguranças Raul (Milhem Cortaz) e Dimas (Rui Ricardo Diaz) espanquem o rapaz. Enquanto isso, a stripper Yasmin (Pathy de Jesus), amiga de Mika, seduz o jornalista Emílio (Rodrigo Pandolfo). O capítulo se encerra com uma virada vertiginosa.
Adaptada da israelense Allenby St., a série aborda a icônica via paulistana pelo recorte do maldito – o que, ironicamente, é o oposto do que seu nome significa. Entretanto, isso não impede que os personagens se unam pela paixão. “É um contraste com a vida noturna. São várias as formas de paixão, todas meio tortas, dentro desse contexto barra-pesada. A série não é romântica nem a pau”, diz o diretor.
Em meio ao caos da rua, sempre há espaço para todos. “Quem gosta de viver livre e um pouco perigosamente vai se identificar”, garante Fiorella.
O QUÊ: primeira temporada de Rua Augusta
QUANDO: quintas, às 22h30, na TNT
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