<b>ENJAULADAS</b> Em Moscou, o Pussy Riot foi julgado depois de protesto punk - AFP/GETTY IMAGES

Rússia vs. Punks

Feministas da banda Pussy Riot foram condenadas à prisão por protesto anti-Putin

Patrick Doyle | Reportagem complementar de Khristina Narizhnaya Publicado em 17/09/2012, às 12h36 - Atualizado às 15h24

No dia 21 de fevereiro, a banda punk feminista russa Pussy Riot apresentou uma “reza punk” de 40 segundos no altar da Catedral Cristo Salvador, em Moscou. “Virgem Maria, leve Putin embora!”, elas berraram, protestando contra a relação estreita do presidente Vladmir Putin com a Igreja Russa Ortodoxa. Duas semanas mais tarde, o clipe da performance explodiu online, três integrantes do grupo foram presas por “vandalismo motivado por ódio religioso” e condenadas a dois anos de prisão.

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O julgamento da banda Pussy Riot, que durou uma semana, tornou-se um escândalo internacional, trazendo à tona questões sérias sobre a liberdade de expressão na Rússia de Putin. Estrelas do ocidente como Red Hot Chili Peppers, Patti Smith, Sting e Paul McCartney declararam apoio à banda. Em seu show em Moscou, em 7 de setembro, Madonna dedicou “Like a Virgin” ao Pussy Riot. “Não quero desrespeitar a igreja ou o governo”, disse. “Mas acho que a banda fez algo corajoso.”

Durante o julgamento, as acusadas – Nadezhda Tolokonnikova, 22, Maria Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30 – foram mantidas em uma jaula de metal e vidro. “Nosso objetivo era fazer um protesto político de forma artística”, explicou Nadezhda ao tribunal. Maria deu sua declaração final ainda de dentro da jaula. “Não tenho medo de vocês”, disse. “Esse suposto tribunal pode me privar da minha liberdade. Ninguém pode tirar minha liberdade interior.” A corte explodiu em aplausos. Depois da condenação, Mark Feygin, advogado de Nadezhda, disse que o veredicto era “fora da lei”.

“Essas jovens estão sendo julgadas simplesmente por serem livres, por se expressarem”, disse Patti Smith posteriormente. “São jovens cheias de energia, idealistas. E as consequências desse idealismo nem sempre passam pela cabeça de alguém dessa idade.”

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