Rubinho Jacobina entra em estúdio mais antenado com a cena independente
Por Bruno Nogueira Publicado em 30/09/2009, às 10h57
Desde que a Orquestra Imperial apareceu como cartão de visitas da nova geração do samba carioca, Rubinho Jacobina já descolou um prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, rodou o Brasil e até conseguiu levar o gênero para horizontes antes impossíveis, com quando tocou no festival Bananada. Mas isso não foi suficiente para colocá-lo no time dos entusiastas. "Acho que o momento atual ainda não está bom, mas vai melhorar", confessa. Após um hiato de quatro anos, ele e a banda Força Bruta - Pedro Sá Domenico e Gabriel Bubu - estão em estúdio para lançar o segundo disco, ainda sem nome.
A desconfiança vem da experiência com o primeiro disco, homônimo. "A parte da distribuição dele foi muito fraca, chegaram pouquíssimas cópias às lojas", conta o músico. Isso porque ele trabalhou com a medida padrão dessa nova classe média da música brasileira, que ditou a regra de prensar apenas mil cópias de cada trabalho. "Espero que esse segundo disco funcione como uma forma de levar as pessoas para o primeiro também, para ele não passar despercebido", completa.
O cuidado, no entanto, não impede que o próprio esconda seu entusiasmo quando afirma que "já tem um interesse grande nesse segundo, quem ouve gosta". Rubinho antecipa que esse vai ter uma cara um pouco diferente do samba-popdebochado que usou para cantar o fim dos relacionamentos em faixas dançantes como "Simone" e "Dr. Sabe Tudo", que chegou a tocar nos shows da Orquestra Imperial. "Esse vai ser bem mais tranquilo que o primeiro", conta.
Rubinho - que tem trabalhado na trilha sonora de um documentário sobre a vida de seu pai, o cineasta Fernando Coni Campos - também pretende seguir a nova cartilha do independente nacional com esse trabalho. "O caminho dos festivais é uma grande opção para as bandas. O público interage bem e vale a pena investir para tocar lá", conta ele, que também pretende colocar as faixas do novo disco para download na internet. "O segundo vai sair independente mesmo, depois eu vejo se lanço junto a algum selo."
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