Willy Moon usa produção caseira para criar pérolas do rock
Paulo Terron Publicado em 15/03/2013, às 15h35 - Atualizado às 15h36
E difícil definir a música do neozelandês Willy Moon, mas dá para chegar a algo aproximado: ela tem sensibilidade roqueira, processada por produção de música eletrônica. “Acho que é isso mesmo”, explica o músico por telefone, recuperando-se de uma tosse em uma pequena cidade da costa leste norte-americana. “O que eu mais gosto no rock são a energia e o estilo. Tento remover todo o resto e colocar apenas esses elementos em um contexto diferente.”
Depois de lançar algumas faixas de forma independente e se mudar de país constantemente nos últimos anos (hoje ele mora em Londres), Moon recebeu um e-mail de Jack White pedindo que ele gravasse um compacto a ser lançado em vinil pela Third Man Records. O músico não sabe explicar como o norte-americano chegou até ele, mas uma boa pista é que ambos haviam gravado versões de “I’m Shakin’”, canção não exatamente muito conhecida de Rudy Toombs. A música escolhida para o tal single, “Railroad Track”, acabou sendo a primeira da gravadora a não ser produzida por White, mas pelo próprio Moon. Para ele, a explicação para esse controle total vem desde o começo da carreira. “Comecei a escrever músicas e... Não conhecia ninguém que tocasse ou quisesse tocar”, conta. “Como me mudava sempre, acabava isolado. E eu também não queria fazer isso [tocar com outras pessoas], só a ideia já me deixava com nojo. Aí o único modo era usar o computador.” No álbum de estreia, Here’s Willy Moon (a ser lançado em abril), entretanto, ele conta com a coprodução de Steve Mackey (mais conhecido como baixista do Pulp) em algumas das músicas. “Tudo que posso gravar em casa, eu gravo”, diz Moon. “No meu disco há umas três faixas que exigiram um estúdio, então gravei nele. Mas gosto de impor algumas limitações a mim mesmo. Por exemplo: nem tenho muitos instrumentos. Gosto de combinar coisas estranhas.”
A paixão por sonoridade e estilo começou ainda na juventude, quando Moon se viu sozinho aos 12 anos, já que o pai teve de se afastar de casa para trabalhar depois que a esposa morreu. “Música sempre foi muito importante para mim, desde a minha adolescência. Meu pai não estava por perto, então a música foi um modo de dar uma sacudida na minha identidade, foi assim que descobri quem eu era e quem gostaria de ser.”
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